Primo confessa ter esfaqueado criança e colocado corpo em máquina de lavar

A vítima tinha apenas 4 anos de idade. O corpo do menino foi encontrado dentro de uma máquina de lavar na casa da própria mãe, amarrado e com sinais de violência...

É a terceira morte na favela em duas semanas
Descrição: É a terceira morte na favela em duas semanas Crédito: Agência O Globo

O delegado da 21ª DP (Bonsucesso), Delmir Gouveia, informou que o menino de quatro anos que estava desaparecido desde quarta-feira, 16, foi morto a facadas pelo primo, um adolescente de 14 anos, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo Gouveia, o menor confessou a autoria do crime. O corpo da criança foi encontrado na manhã desta na Baixa do Sapateiro, uma das 15 comunidades que formam a Maré.

A vítima estava dentro de uma máquina de lavar na casa da própria mãe, amarrada e com sinais de violência. Peritos da 21ª DP e da Divisão de Homicídios da Polícia Civil analisaram a cena do crime nesta manhã, quando o primo da vítima foi apreendido.

"Assim que ele foi encontrado, isolamos a área para o trabalho da Polícia Civil", afirmou o major Alberto Horita, porta-voz das tropas militares que atuam na ocupação da Maré.

Segundo informações da 21ª DP, durante a madrugada, uma mulher registrou boletim de ocorrência a respeito do sumiço do filho. A mãe, Vanessa Lima dos Santos, 31, relatou que o garoto brincava na porta de casa quando desapareceu durante uma confusão ocorrida na Baixa do Sapateiro, por volta das 18h30 de quarta-feira.

Na ocasião, explicou o major Horita, criminosos utilizaram rojões contra homens do Exército responsáveis pelo patrulhamento na região. Segundo ele, não houve revide por parte dos militares. "Fomos procurados por populares por volta das 22h, quando populares comunicaram o desaparecimento da criança. Realizamos ações para encontrá-la, mas não obtivemos sucesso", relatou.

Vanessa, em entrevista à TV Globo, afirmou que observava o filho brincar quando uma bomba foi lançada na rua. "Ele correu com as outras crianças. Mas ele não correu na minha direção nem foi para casa", disse ela, que trabalha como cozinheira e é mãe de outros quatro filhos. (Com Estadão Conteúdo)

 

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