Prefeitura proíbe Blue de aplicar "multa" até adequar meios de cobrança a todos

Até que as formas de pagamento sejam implantadas, a Blue não está autorizada a aplicar o aviso de cobrança aos usuários do estacionamento rotativo em Palmas. Em agosto os meios devem ser ampliados.

Secretário Christian Zini
Descrição: Secretário Christian Zini Crédito: Divulgação

A Blue está proibida de aplicar Aviso de Cobrança aos usuários dos estacionamentos públicos de Palmas a partir desta semana. Foi o que informou ao T1 Notícias o prefeito de Carlos Amastha (PSB) na manhã desta sexta-feira, 31. Segundo ele, enquanto os parquímetros e os equipamentos necessários para o funcionamento pleno não forem instalados e todos os usuários terem acesso aos tickets de estacionamentos, as “multas” não podem ser cobradas.

 

O prefeito se manifestou após o editorial "A Blue e sua péssima prestação de serviço", publicado pelo T1 na última quinta-feira. "A empresa já está avisada de que não pode cobrar há alguns dias. Não é para acontecer mais", garantiu.

 

“Sou um defensor deste sistema, por que acredito que é o melhor para a cidade, mas sou antes de tudo um defensor do consumidor: o serviço tem que ser bem prestado”, disse Amastha ao completar que “não é para ser feita notificação de multa a partir desta semana para ninguém”.

 

Cristian prevê problemas regularizados em agosto

 

O secretário de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte, Christian Zini, afirmou ao T1 que a partir de agosto os problemas devem ser resolvidos tendo em vista que seis formas de pagamento vão ser implantadas. “O cidadão vai ter como pagar o estacionamento por meio do talão, que já está à venda com os agentes de estacionamento e ainda realizar o pagamento via SMS, via aplicativo, via parquímetro, ou fazer pagamento no ponto de atendimento”, informou o secretário.

 

Sobre a implantação dos pontos de atendimento que ficarão responsáveis pela venda dos talões de estacionamento e ainda por receber o pagamento avulso, Zini informou que a ideia é que em cada bolsão da Avenida JK tenha pelo menos três pontos instalados nas lojas. “Estamos fazendo o contato com os comerciantes e todos os locais que forem credenciados vão ser amplamente divulgados para que o usuário não perca tempo”, explicou.

 

Segundo Zini os modelos de estacionamentos implantados no restante do Brasil e no mundo não trabalham com o formato de atendentes. O usuário é quem busca um dos meios que melhor atendem a sua realidade. “Não existem atendentes, pois o número sempre vai ser insuficiente”, relatou o secretário ao defender que “o estacionamento rotativo esta sendo recebido pela sociedade de forma completamente equivocada”.

 

Tão logo as novas ferramentas de pagamento forem implementadas, previsão na primeira semana de agosto, os agentes de estacionamento não devem mais receber o pagamento já que essa não é a função deles. “Os agentes de estacionamento vão estar ali nos bolsões apenas para monitorar, não para receber pagamento”.

 

Problemas técnicos

 

Sem o intermédio dos agentes, que passarão apenas ao papel de auxiliar, o usuário do estacionamento vai ter a possibilidade de escolher o meio pelo qual vai pagar pelo uso da vaga, mas o aplicativo que teria que ser um eficiente método de garantir o pagamento, por exemplo, tem sido motivo de críticas da população.

 

O QR Code não estaria funcionando da forma correta, pois o aplicativo não consegue ler o código, mas o secretário informou que também é possível fazer o check-in e efetuar o pagamento online de outra forma. “O QR Code que está em cada vaga está para auxiliar e mesmo sem ele, que pode ter sido danificado por vândalos ou qualquer outro motivo, o usuário consegue fazer pelo número da vaga”, explicou.

 

“A grande situação é que as pessoas têm que chegar no bolsão e saber que ela está estacionando e precisa providenciar o pagamento. As formas vão ser disponibilizadas para atender da melhor maneira possível todos os usuários”, finalizou Zini. 

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