Aprovados no Certame pedem aumento do número de vagas e alteração do edital

Membros da Comissão de Excedentes e Associações representantes do Policiais Civis cobram convocação de maior número de aprovados no Concurso

Manifestação na Praça dos Girassóis
Descrição: Manifestação na Praça dos Girassóis Crédito: Wellington Barros

Membros da Comissão de Excedentes do Concurso da Polícia Civil realizaram nesta quarta-feira, 09, em Palmas, uma manifestação com o propósito de chamar a atenção do governador Sandoval Cardoso para a necessidade de ampliar o número de convocados para as próximas etapas do certame.

 

De acordo com o manifestante Wellington Barros, aprovado para o cargo de escrivão, na maioria dos cargos o governo convocou apenas um concorrente a mais para cada vaga, diferente do concurso da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que a quantidade de concorrentes foi bem superior ao número de vagas, uma vez que há grande quantitativo de eliminações nas etapas seguintes.

 

"O problema todo é que o edital diz que quem não foi chamado agora para concorrer às próximas etapas, estará automaticamente desclassificado. Ou seja, um concurso com quatro anos de duração, que não tem uma quantidade considerável de concorrentes para as próximas etapas, certamente vai chegar ao final com um quantitativo bem inferior ao pretendido", explicou Barros.

 

As Associações dos Agentes de Polícia (AGEPOL-TO), Papiloscopistas (ASPETO) e Escrivães de Polícia Civil (AEPTO), protocolizaram no dia 24 de junho, ofícios junto às pastas de Segurança Pública, Administração e Gabinete do Governador, requerendo a ampliação do cadastro de reserva do concurso da Polícia Civil.

 

As Associações explicam no ofício que a necessidade se dá devido ao número de policiais que estão por se aposentar nos próximos quatro anos (prazo final de Protocolovalidade do concurso), cerca de 40% do efetivo destes cargos. Outro ponto foi o número de convocados para as demais quatro fases do concurso, sendo elas: avaliação médica, prova física, avaliação psicológica e academia, todas com caráter eliminatório.

 

O presidente da Aspeto, Iris Nunes, explicou que em seu setor foram oferecidas 10 vagas para preenchimento imediato e 3 para o cadastro de reserva, foram convocados para as demais fases ao total apenas 20 candidatos, ou seja, se a cada fase forem eliminados 3 candidatos restam apenas 8, não preenchendo assim nem o número de vagas do concurso.

 

Governo não se posiciona

O Portal T1 Notícias buscou um posicionamento junto à Secretaria de Segurança Pública, que informou que a responsabilidade seria da Secretaria Estadual da Administração. Procurada, a Secad disse que somente assumirá o certame após sua homologação e explicou que esta demanda pertence à Fundação Aroeira.

 

Por telefone, representantes da Fundação disseram que não tem compromisso com o aumento de vagas, nem com possíveis alterações no edital do concurso. Para eles essa responsabilidade é somente do Governo do Estado.

 

O T1 entrou em contato com a Agência Tocantinense de Notícias ainda nesta quarta-feira e eles afirmaram que se posicionariam através de nota. Mas até o fechamento desta matéria o Governo não encaminhou nenhuma resposta.

 

Aroeira explica

Por telefone, o representante da Fundação Aroeira, Bruno Toledo explicou ao Portal T1 Notícias na tarde desta quarta-feira, 09, que esta demanda é de responsabilidade do Governo do Estado, pois a contratação da Fundação foi exclusivamente para aplicação de provas, para um número específico de candidatos.

 

"A Fundação não se responsabiliza por aumento do número de vagas ou alteração no edital. Essa responsabilidade é do Governo do Tocantins. Nosso trabalho é aplicar as provas e dar prosseguimento ao certame, conforme foi contratado", destacou professor Rosival Lagares, outro representante da Fundação Aroeira, que também conversou com o T1.

 

 

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