Bebê com cardiopatia consegue transferência após quase 3 meses internada

Luciane Reis disse que sua filha estava há quase 3 meses aguardando transferência para hospital especializado em cardiologia infantil. A doença é considerada gravíssima e precisa de cirurgia urgente

Isabela Maria é portadora de cardiopatia congênita
Descrição: Isabela Maria é portadora de cardiopatia congênita Crédito: Arquivo pessoal

Após passar pelos Hospitais Materno Infantil e Cristo Rei, em Palmas, e ter sido internada no último dia 2 de agosto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, do Hospital Geral de Palmas, devido a cardiopatia congênita, a bebê Isabela Maria, que completa nesta quinta-feira, 18, quatro meses de vida, ganha de presente a transferência para o Hospital da Criança de Goiânia.

 

A Secretaria de Estado da Saúde informou ao T1 Notícias no início da noite desta quarta-feira, 17, que o Ministério da Saúde conseguiu a transferência da menina e que a viagem está prevista para esta quinta.

 

A mãe da bebê, Luciane Reis dos Santos, de 22 anos, conversou com o T1 antes de saber da vaga no Hospital da Criança, no Estado de Goiás, e desabafou. Ela disse que não aguentava mais ver sua filha sedada, porque toda vez que a criança acorda começa a chorar demais e logo em seguida começa a ficar roxa e, para mantê-la calma, os médicos aplicam sedativos.

 

“O coração da minha filha não funciona direito, às vezes ele bombeia sangue ou ar para lugares errados, daí ela fica agoniada, por isso os médicos preferem manter a Isabela sedada”, relatou.

 

Luciane contou que os médicos tem se dedicado ao atendimento de sua filha, porém o HGP não oferece a estrutura necessária e não tem condições de realizar a cirurgia. “O que me angustia é o fato da minha filha, que tem apenas quatro meses, já ter passado três meses de sua vida internada. O HGP é o terceiro hospital que a Isabela fica internada aqui no Estado, mas todo mundo sabe que a doença dela é gravíssima e que ela precisa de cirurgia urgente”, disse.

 

A família de Isabela é da cidade de Pequizeiro, interior do Tocantins, e devido à necessidade de tratamento da recém-nascida, Luciane está hospedada na casa de um amigo da família, porém ela fica diariamente no HGP das 10h às 22h, para acompanhar a filha.

 

Ao ser informada pela reportagem do T1 sobre a transferência de Isabela Maria para Goiânia, a mãe comemorou aliviada.

 

Conforme novo contato na manhã desta quinta-feira, 18, a Sesau explicou que a previsão é que Isabela Maria seja transferida após às 17h, horário em que uma bebê internada no Hospital da Criança de Goiânia deve receber alta, liberando a vaga para a filha de Luciane. A Sesau ressaltou que a transferência de Palmas para o Estado de Goiás será feita via UTI Aérea.

 

Sesau diz que transferência para Goiânia será nesta quinta

Por meio de nota encaminhada ao Portal a Secretaria de Estado da Saúde informou que Isabela Maria foi cadastrada na Central Nacional de Regulação, do Ministério da Saúde, em busca de vaga em centros especializados no tratamento cardíaco de crianças. A Sesau disse ainda que a paciente deve ser transferida para o Hospital da Criança, em Goiânia, nesta quinta-feira, 18.

 

Confira a nota da Sesau na íntegra

 

Nota

A Sesau - Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que a paciente menor I. M. filha de Luciane Reis dos Santos, já está cadastrada na Central Nacional de Regulação do Ministério da Saúde em busca de vaga em centros especializados no tratamento cardíaco de crianças, visto que o Estado não possui este serviço.

 

A Sesau ressalta que já entrou em contato com a Central do Ministério da Saúde diversas vezes solicitando urgência na transferência da paciente. Na tarde desta quinta-feira, 17, o Ministério da Saúde informou que a paciente deve ser transferida para o Hospital da Criança em Goiânia nesta quinta-feira, 18.

 

Mesmo com esta possível vaga, a Secretaria continua em busca de vaga para transferências imediatas nos serviços privados.

 

A paciente está internada em UTI Pediátrica sendo acompanhada por uma equipe de profissionais médicos do Hospital Geral de Palmas. A Secretaria informa ainda que poucos locais do país realizam este tratamento.

 

(Atualizada às 10h50)

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