Categorias cobram pagamento de progressões: prazo do Sisepe ao Estado acaba hoje

Saúde, Educação, Quadro Geral e Polícia Civil aguardam e cobram pagamentos de progressões, entre outros benefícios. Sisepe deu prazo até esta 4ª feira para Governo responder sobre as progressões

Falta de diálogo com servidores, terceirização de setores da Saúde e incertezas quanto aos pagamentos de progressões e retroativos estão entre as insatisfações apresentadas pelos presidentes de sindicatos de representação de servidores públicos do Estado do Tocantins. O Quadro Geral, representado pelo Sindicato dos Servidores Públicos (Sisepe), aguarda para hoje uma resposta do Governo do Estado quanto ao pagamento das progressões. Saúde, Educação e Polícia Civil também cobram direitos.

 

Categorias que retornaram às atividades após paralisação, como os policiais civis e servidores da Saúde, dizem que apesar de terem retornado ao trabalho, continuam à espera de respostas positivas do Governo.

 

Já o Quadro Geral e os servidores da Educação afirmam que, por não conseguirem diálogo satisfatório, aguardam os próximos dias para iniciar suas manifestações.

 

Quadro Geral

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sisepe), Cleiton Pinheiro, disse que a categoria concedeu um prazo até esta quarta-feira, 15, ao Governo do Estado para uma resposta quanto aos pagamentos das progressões. Caso não haja retorno satisfatório, a primeira mobilização será através de “um dia de preto”.

 

“As progressões são direito adquirido pelos servidores, diferente do que o Governo vem afirmando que seja apenas um benefício. Estamos respaldados por lei que nos garante esse pagamento, não podemos aceitar que o Governo tire de nós o que foi concedido por direito”, afirmou Cleiton Pinheiro.

 

Polícia Civil

O presidente do Sindicato dos Policias Civis (Sinpol), Moisemar Marinho, explicou que desde o fim da greve da categoria, no último dia 06 de abril, o Governo do Estado, que afirmou que iniciaria negociação somente após o encerramento da paralisação, ainda não realizou a reunião para apresentar as propostas.

 

De acordo com Moisemar, toda a categoria já retomou suas atividades e aguarda agora um posicionamento positivo por parte do Governo. “Estamos esperando que o governador Marcelo Miranda nos chame ao diálogo, queremos saber se a proposta vai atender às nossas reivindicações”, destacou.

 

Educação

Falta de diálogo é a principal reclamação por parte dos servidores da Educação. A afirmação é do presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), em Palmas, Joelson Pereira.

 

“Estamos reivindicando direitos básicos, garantidos por lei. Mas estamos enfrentando dificuldades para dialogar com o Governo. Até o momento não temos nenhum documento formal que garante que nossos direitos serão assegurados”, disse Joelson.

 

Dentre as demandas, a categoria reivindica os pagamentos das progressões, equiparação salarial de professores normalistas e a eleição para diretores das escolas estaduais. “Se até o fim de abril não tivermos resposta do Governo, vamos paralisar nossas atividades”, finalizou.

 

Servidores da Saúde

A terceirização do setor de oncologia do Hospital Regional de Araguaína (HRA) e da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), em Palmas, é a principal preocupação dos servidores da Saúde do Estado.

 

Os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde (Sintras), Manoel Miranda, e dos Profissionais de Enfermagem (SEET), Claudean Lima, destacam que o Governo do Estado não convocou a categoria para apresentar a terceirização que, segundo eles, vai possibilitar a precariedade dos serviços.

 

De acordo com Manoel Miranda, o Estado já está enfrentando dificuldades para adquirir remédios e pagar plantões atrasados e poderá ficar com uma situação ainda mais complicada por ter que manter um contrato com uma empresa terceirizada.

 

“As condições de trabalho para os profissionais que trabalham para empresas terceirizadas são muito precárias e, além disso, não sabemos como vai ficar a situação dos contratos que já existem. Não somos a favor dessa terceirização, mas o Governo não nos chamou para ouvir nossa opinião”, falou Claudean Lima.

 

Posicionamento do Governo do Estado

O T1 entrou em contato com algumas pastas do Governo do Estado e solicitou informações quanto às reivindicações dos sindicatos. Com relação ao Sindicato da Polícia Civil, a Secom informou que a reunião já está agendada para amanhã, quinta-feira, 16, às 9 horas.

 
Quanto aos profissionais da Educação, uma proposta deve ser formalizada nos próximos dias. Segundo o Governo, vem sendo realizados estudos técnicos legais e financeiros sobre a demanda de equiparação salarial e as progressões serão pagas da mesma maneira que as demais categorias.
 
 
O Portal ainda aguarda retorno da Secretaria da Educação, quanto à eleição dos diretores de escolas, da Secretaria de Administração e da Saúde, quanto à tercerização de setores dos Hospitais de Araguaína e do Dona Regina, em Palmas.

 

 

 

 

 

 

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