Cerca de mil médicos fazem protesto com paralisação de atendimentos no Estado

As unidades hospitalares estaduais do Tocantins estão recebendo atendimentos médicos apenas para serviços de urgência e emergência. Cerca de mil médicos paralisaram suas atividades em protesto

Médicos paralisam atividades em hospitais
Descrição: Médicos paralisam atividades em hospitais Crédito: Foto: Ascom/Simed

Os médicos que prestam serviços nos hospitais estaduais no Tocantins paralisaram parcialmente suas atividades na manhã desta segunda-feira, 1º, e só retornarão às atividades normais na próxima quarta-feira, 3. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), cerca de mil médicos aderiram ao manifesto com forma de pressionar o governo do Estado e melhorar as condições de trabalho nas unidades hospitalares. Ainda de acordo com o Sindicato, categoria cobra ainda que o Estado cumpra com os acordos firmados como pagamento do adicional noturno, insalubridade, produtividade, que não seria pago há cerca de um ano e meio, e gratificações.

 

A presidente do Simed, Janice Painkow disse ao Portal T1 Notícias nesta manhã que o objetivo dos médicos é chamar a atenção da população e do governo para a necessidade de mudanças na manutenção e na estrutura dos hospitais. “Não aguentamos mais ver a população precisando de atendimento de qualidade e nós médicos sem tendo que trabalhar com materiais em pequena quantidade, quando tem, e em locais que não oferecem a estrutura necessária para preservar a saúde dos nossos pacientes”, disse a presidente do Sindicato.

 

Janice Painkow disse ainda que o governo vem descumprindo os acordos firmados com os médicos. “Ainda não tivemos como sentar com o novo secretário de saúde [Marcos Esner Musafir] porque ele está assumindo de fato a pasta somente hoje, mas queremos dialogar e estamos abertos para buscar a melhor solução para todos os problemas enfrentados na rede hospitalar do Estado”, comentou a presidente do Simed.

 

A Simed explicou que uma das principais motivações para que a categoria chegasse ao ponto de realizar a paralização é “a postura do Poder Executivo Estadual em não apresentar soluções para as más condições de trabalho por meio do não fornecimento regular e em quantidade suficiente para o atendimento satisfatório de pacientes, de itens essenciais como medicamentos, insumos, materiais e recursos humanos, situação que é recorrente e com longa duração”.

 

Durante a paralisação

Estão suspensos os atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas, que deverão ser remarcados para outra data. O atendimento de urgência e emergência será mantido, mas os médicos usarão um colete de identificação do movimento. Nas áreas de urgência e emergência será feita uma triagem para os pacientes que precisem de atendimento imediato, os demais pacientes receberão encaminhamento para atendimento posterior ou para atendimento nas unidades das UPAs, ambulatórios municipais e postos de saúde.

 

Pacientes encaminhados de outros municípios, das UPAs e pelo SAMU deverão ser recebidos, classificados e atendidos de acordo com a gravidade de cada caso. Exames médicos complementares eletivos deverão ser remarcados para outra data.

 

O Simed disse ainda que médico deve registrar frequência normalmente, inclusive, assinar no livro de ocorrência a sua presença.

 

Sesau explica

Em nota a Sesau informou que a nova gestão está fazendo o levantamento das informações e situações da Saúde para buscar soluções o mais breve possível.

 

Sobre a paralisação dos médicos, a Sesau afirmou que os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos e os atendimentos ambulatoriais serão remarcados.

 

Confira a nota na íntegra

Sobre os questionamentos deste veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que a nova gestão está fazendo o levantamento das informações e situações da Saúde para buscar soluções o mais breve possível.

 

Sobre a paralisação dos médicos, a Sesau esclarece que os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos e os atendimentos ambulatoriais serão remarcados.

 

Quanto à falta de informação a pacientes, foi determinado à direção do Hospital Geral de Palmas (HGP) que coloque equipes para prestar todas as informações necessárias aos acompanhantes e familiares.

 

(Atualizada às 16h11, de 01/02)

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