Com objetivo de organizar e otimizar a assistência aos pacientes que necessitem de cuidados intensivos, o Hospital Geral de Palmas (HGP) apresentou, em reunião, ao Conselho Regional de Medicina (CRM), Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública do Estado (DPE) e técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) o Protocolo Médico Assistencial que normatiza os pedidos de vaga para tratamento intensivo no HGP.
O Protocolo detalha os locais onde o HGP dispõe de vagas intensivas, sendo eles na Unidade de Terapia Intensiva adulto (UTI), Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e Unidade de Terapia Intensiva do Instituto Ortopédico de Palmas (UTI/IOP) (leitos privados).
Cada um destes locais é especializado na assistência a determinado tipo de pacientes, conforme sua patologia, evolução do quadro clínico e necessidade de cuidados. O protocolo visa classificar o tipo de assistência necessária a cada paciente, encaminhando-o assim ao melhor local para cada caso, visando a qualidade da assistência e o melhor uso e rotatividade dos leitos.
O protocolo é baseado em padrões internacionais e também serviu de base na pactuação com a Central de Regulação do Estado. Os pacientes serão classificados em prioridades de 1 a 4, sendo que a UTI atenderá prioritariamente os pacientes de prioridades 1 e 2 e a UCI atenderá prioritariamente os pacientes de prioridades 3 e 4, a UTI/IOP atenderá prioritariamente os pacientes em pós-operatório imediato.
O pedido de vaga deverá ser feito pelo médico que está prestando assistência ao paciente e será classificado pelo médico do Núcleo de Regulação Interno (NIR) do HGP. Os pacientes de prioridades 1 e 2 e os pacientes de pós-operatório serão cadastrados pelo NIR no sistema de regulação (SISREG) e permanecerão sendo regulados pela Regulação do Estado.
O protocolo segue o que preconiza o Ministério da Saúde e as recomendações internacionais. A redação do mesmo propõe que o controle de solicitações de vagas de cuidados intensivos fique aos cuidados do NIR. O NIR deverá receber as solicitações, cadastrá-las, manter a visibilidade e dar retorno sobre o andamento dos mesmos aos médicos solicitantes que informarão aos familiares e/ou pacientes.
Outra atribuição empregada ao NIR é que o médico responsável deverá acompanhar diariamente a evolução do quadro dos pacientes com pedidos de vagas de cuidados intensivas e se comunicar com a Regulação do Estado. Caso o paciente tenha melhora, o mesmo deverá atualizar a prioridade do paciente, viabilizando soluções conforme as necessidades reais.
O diretor-geral do HGP, Paulo Faria, recordou o cenário mundial referente à falta de leito de UTI e reforça a importância da reestruturação do protocolo de pedidos de vagas para cuidados intensivos. “Temos a necessidade de ter um protocolo definido e prioritário”, disse.
Por sua vez, o médico intensivista Nairo José, coordenador da UTI Adulto, fala da essência da prioridade do protocolo atual com base na classificação. “É primordial também tornar esse protocolo público para que a equipe tenha conhecimento do respaldo técnico, atendimento integral, organização da admissão e fluxo do paciente intensivo através do NIR”, esclareceu.
O coordenador da UCI do HGP, Dr. Wallace, explicou que os investimentos em equipamentos e equipe são feitos na UCI desde a sua abertura com vistas ao atendimento intensivo, especialmente do paciente crônico.
A diretora administrativa do HGP, Renata Duran, complementou dizendo que o protocolo classifica o serviço de cuidados intensivos, além de respaldar a equipe. “Nosso objetivo e anseio é regular todos os pacientes de acordo com que ele precisa e estrutura ofertada”, finalizou.
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