Justiça condena mais uma integrante de grupo que aliciava mulheres de Gurupi

Mulheres eram enviadas para as cidades de Segovia, Zamora, Vigo e Santiago da Compostela, na Espanha

A Procuradoria da República no Tocantins conseguiu, na Justiça, mais uma condenação por tráfico internacional de pessoas. Laurita Soares de Abreu participou, de 2006 a 2007 de grupo que enviava mulheres a Espanha para se prostituírem. Ela seria a responsável pro recrutar as vítimas.

 

O grupo composto por 14 pessoas aliciavam mulheres na cidade de Gurupi para que fossem trabalhar com prostituição em cidades espanholas. Cada aliciada pagava em média 3,5 mil euros pela viagem, mas ao chegarem lá se deparavam com uma realidade diferente da que era descrita pelos aliciadores e viviam em condição de escravidão para quitar a dívida com os aliciadores. O fato de as mulheres saberem que iam trabalhar com prostituição não descaracteriza o crime.

 

Segundo o MPF/TO, os envolvidos se dividiam em 4 grupos que agiam sempre de forma semelhante e as tarefas eram assim dividas: recrutamento de mulheres; ação de agentes de viagem que auxiliavam no envio; acusados que moravam na Espanha, financiavam as viagens; e donos das agências de viagem, que realizavam a troca de moeda estrangeira sem a devida autorização do Banco Central. O objetivo desse serviço de câmbio era viabilizar o envio de mulheres ao exterior.

 

Laurita de Abreu foi condenada pelos artigos 231 e 288 do Código Penal Brasileiro à pena de sete anos de reclusão e 262 dias-multa no valor de um décimo do salário-mínimo vigente na época dos fatos, devidamente corrigido. Inicialmente a pena privativa de liberdade será cumprida em regime semi-aberto. Os direitos políticos da condenada foram suspensos enquanto durarem os efeitos da condenação.

 

(Matéria atualizada às 14h12 - Com informações do MPF/TO)

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