Sintet rejeita proposta do governo e reafirma indicativo de greve

Sintet afirma que proposta do governo é vaga e não atende a categoria. Se governo não enviar nova proposta será inevitável greve na educação. Secad informou que as conversações continuam.

Presidente do Sintet, José Roque
Descrição: Presidente do Sintet, José Roque Crédito: Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), rejeitou de imediato a proposta enviada pelo governo, não chegando nem a apresentar em assembleia aos servidores. Segundo os representantes do sindicato, “há divergências em todos os pontos”, em relação às reivindicações da categoria.

 

O presidente regional do Sintet, José Roque rodrigues Santiago afirmou ao T1 que eles querem do governo uma proposta mínima para pagar as progressões retroativas. A categoria não aceitou que o governo pague o retroativo das progressões de 2013 e 2014 em 12 vezes, a partir do mês de maio.

 

 “Na proposta não apareceu nada da progressão de 2015”, reclamou o presidente do sindicato. Ele disse ainda que a categoria quer “discutir o reajuste para os trabalhadores de educação pela proposta da correção do valor custo aluno ano, que é de 13,1% e o realinhamento das tabelas salariais verticais, de 11% nos níveis, e horizontais, 5% nas referências, e isso não estava na proposta”.

 

Os representantes do Sintet reclamaram que a proposta do governo não foi como esperavam.“Na verdade é uma proposta muito vaga, ela não deixa claro como e quando ele vai pagar”, disse José Roque.

 

O sindicato está mobilizando os trabalhadores da educação para uma paralisação no próximo dia 30, em que irão marcar assembleia para deflagrar a greve. “Se o governo não trouxer uma proposta clara para debater com agente, a gente pode encaminhar o indicativo de greve” disse Joelson Pereira, presidente do Sintet, regional de Palmas.

 

Sinpef afirma que proposta do governo é desrespeitosa

Sobre a proposta do governo de pagar em 12 vezes as progressões dos anos de 2013 e 2014, o Sindicado dos Profissionais de Educação Físisca (Sinpef) , afirmou que “é desrespeitosa e mostra que mais um governo coloca a educação em segundo plano”.

 

Segundo o Sinpef, o governo desconstruiu tudo o que havia dito nas reuniões com o sindicato, onde, teria apresentado a possibilidade de pagar as progressões de forma diferenciada à educação, considerando os recursos próprios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).

 

O presidente do Sinpef, Luciano Lucas, chegou a afirmar que “o governo levou em banho-Maria até onde deu, enganou a Educação depois de resolver a vida de muitas categorias apresentou o que restou pra nós, isso demonstra que esse governo também não dará prioridade a Educação, a comissão do Governo é de muito engodo, Marcelo Miranda que reveja isso”.


 

Negociações com o Sinpol

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Sinpol), tiveram uma reunião com o governo no último dia 16, onde, segundo o presidente Moseimar Marinho, “foram apresentadas algumas intenções que não foram formalizadas como proposta”.

 

Moseimar Marinho afirmou também que uma proposta está sendo construída pela categoria em contato com o governo e que eles devem se reunir até o próximo dia 28. “Acreditamos que até o dia 28 tenha algo concreto do governo. Estamos acreditando no governo”, afirmou Marinho.

 

Em resposta aos questionamentos feitos pelo T1 Notícias, a Secretaria da Administração (Secad) respondeu que está fazendo estudos técnicos de viabilidade e implementação e que as conversações continuam. A Secretaria da Educação (Seduc) também se manifestou por meio de uma nota. 

 

Confira na íntegra notas encaminhada pela Secad e Seduc:

 

Sintet e Sinpep – As propostas são as mesmas, não haverá negociação específica com uma única classe de educadores.

Quanto às conversações, ambos os sindicatos têm um canal de negociação direto com a Seduc, cabendo à Secad estudos técnicos de viabilidade de implementação. Portanto, as conversações continuam.

Vale lembrar que a primeira proposta apresentada ao Sintet - com pagamento de retroativo das progressões de 2013 e 2014, além da negociação das progressões de 2015 a partir do próximo ano - segue os mesmos parâmetros de negociações com outras categorias.

A Secad ressalta, ainda, que na proposta apresentada, o Governo do Estado já havia se comprometido a promover estudo técnico, jurídico, orçamentário e financeiro sobre a Lei 2.859/2018, que trata das progressões da categoria.

Sinpol – As conversações estão mantidas, e uma nova reunião será agendada até sexta, 24.

O Governo propôs, sobre o alinhamento salarial, apresentar em janeiro de 2016 uma nova legislação, com estudo técnico visando novas tabelas de concessão dos benefícios de acordo a capacidade financeira de implemento do Estado.

 

Sobre o retroativo das progressões concedidas em 2014, o Governo propôs parcelamento em até 12 meses, a partir da folha de maio de 2015. Não haverá a incorporação salarial das progressões previstas para 2015, tendo em vista a incapacidade financeira atual, porém, a medida proposta beneficiará 549 servidores.

 

NOTA

Sobre a solicitação deste veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que segue na tentativa de um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet) sobre as demandas apresentadas para a categoria. A Seduc informa ainda que está elaborando, conjuntamente com a Secretaria de Estado da Administração (Secad), uma nova proposta que deverá ser encaminhada ao Sintet ainda nesta semana.

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