Disputa entre estaduais fica acirrada: vantagem é dos que têm estrutura própria

Entre os deputados com mandato, dez estão com campanha forte nas ruas, e devem se reeleger. Entre os novos nomes, a vantagem é para quem tem estrutura financeira própria e uma boa rede de apoiadores

No quente de setembro, a disputa eleitoral no Tocantins está ficando a cada dia mais acirrada.

 

É na reta final que tombam os que têm pouca ou nenhuma estrutura financeira própria e estão até hoje dependendo de repasses das majoritárias. A maioria que ficou esperando, está a ver navios. E os votos indo embora.

 

Das 24 vagas oferecidas na Assembléia Legislativa, dez estão praticamente definidas por deputados com mandatos e cujo volume de campanha salta aos olhos, tanto pela estrutura política, quanto pela sustentação financeira, que no caso de uns foi garantida ao longo dos últimos anos.

 

 

Os com mandato saem na frente

 

 

Despontam bem nas ruas e  entre as manifestações espontâneas de votos os deputados Eduardo do Dertins, Luana Ribeiro, Solange Duailibe, Wanderlei Barbosa, Amélio Cayres (beneficiado no Bico pela retirada do deputado Iderval Silva), Vilmar do Detran e Osires Damaso, da bancada governista.

 

Entre os oposicionistas com assento na Assembléia estão com a eleição bem encaminhada Toinho Andrade, José Roberto e Amália Santana.

 

Ainda é uma incógnita se a coligação Reage Tocantins (PCdoB, PMN, PPL, PROS, PSDC, PTdoB, PTN), que tem no Prós seu nome mais forte conseguirá fazer legenda para o deputado Eli Borges garantir sua cadeira na Casa. 

 

Entre os deputados com boa movimentação estão ainda Jorge Frederico e Ricardo Ayres: os dois ficaram na suplência há quatro anos e se esforçam para estar entre os eleitos desta vez. Ayres enfrenta um problema: o PSB ficou sozinho na disputa e precisa fazer legenda (cerca de 28 mil votos) para fazer uma vaga.

 

Com dificuldades estão pelo menos dois: Manuel Queiroz, que está doente, o que provocou avanço sobre suas bases no Bico por parte de adversários e Carlão da Saneatins. Já o deputado José Bonifácio sofre perda nas bases para Eduardo Siqueira Campos e enfrenta a disputa tradicional com Cayres.

 

 

A briga dos novos no palanque governista

 

 

A divisão de coligações proporcionais vai beneficiar os que ficaram em blocos com candidatos com potencial de votos mais equilibrado.

 

No palanque de Sandoval os candidatos a deputado se dividem em duas coligações. A primeira, Renova Tocantins, traz os candidatos do PDT, PSL, PSC, PHS, PRP, PTC, PRB e PRTB. Nesta, quem vai melhor é o ex-vereador Ivory de Lira.

 

A segunda, Tocantins olhando pra frente, traz os nomes do PP, PR, SD, PSDB, PTB, PPS, DEM, PEN, e é conhecida como “o grupo da morte”, pois só aí estão a maioria dos deputados com mandato. Nomes novos, mesmo com boa movimentação, como é o caso do presidente da Câmara de Palmas, Major Negreiros e do agropecuarista Mauro Carlesse, de Gurupi, precisam vencer a barreira dos maiores. A linha de corte, conforme contas internas da coligação é de 15 mil votos. Abaixo disto, a eleição fica difícil.

 

Entre os novos nomes que disputam no palanque official três tem eleições contadas como certas nas rodadas de bastidores: Eduardo Siqueira Campos, Valderez Castelo Branco e Valuar Barros, os dois últimos com intensa campanha de rua em Araguaína. A expectativa mais recente dos aliados de Eduardo é de que ele bata a marca de 60 mil votos, fazendo legenda e arrastando mais um.

 

 

Os que despontam entre a oposição

 

 

O deputado mais votado entre os novos que disputam vaga na Assembléia Legislativa pela oposição caminha para ser o ex-prefeito de Porto Nacional e ex-deputado federal, Paulo Mourão. Ele está na coligação Frente Popular por Uma alternativa de Mudança, que traz PT e PV. Nela, o vereador da capital, Joaquim Maia, que tem o apoio de Marcelo Lélis, pode surpreender.

 

Na chapa intitulada “A Experiência Faz a Mudança 2” estão os nomes do PSD e do PMDB. É uma incognita por exemplo, o volume de campanha do deputado José Augusto, mas nos bastidores nomes como os de Rocha Miranda, no Bico e Nilton Franco, na região central, despontam no PMDB.

 

No PSD, sem contar Toinho Andrade, outros candidatos vem forte: os novos Diogo Fernandes, empresário e o agropecuarista Paulo Carneiro e dois já conhecidos, a suplente de deputada Goiaciara Cruz. A linha de corte para a oposição deve girar em torno de 12 mil votos.

 

A verdade é que por mais bem intencionados que alguns possam estar, esta é uma campanha cara e que requer além dos recursos financeiros experiência no jogo politico para garantir apoios menos vulneráveis ao mata-mata da reta final.

 

É um jogo duro, em que os mais inocentes são os que tem chances menores de vencer.

 

 

(Atualizada com alteração às 14h20 do dia 25/09)

 

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