No barco de Dito, o palco das articulações da ala do PMDB que quer indiretas

O PMDB tem três pré-candidatos ao governo nas eleições indiretas, mas pode ficar sem nenhum caso o senador Leomar Quintanilha não convoque convenção. Até lá, Dito Farias articula fortemente seu nome

Dito e Gaguim: articulando votos na Assembléia
Descrição: Dito e Gaguim: articulando votos na Assembléia Crédito: Lourenço Bonifácio

 

 

Recrudescem nos bastidores, o vislumbre de uma chance das oposições ameaçarem o resultado quase escrito das eleições indiretas, levando perigo aos planos do governo de fazer o sucessor de Siqueira Campos, no dia 4 de maio.

 

É nisso que apostam José Augusto Pugliese e o empresário Dito Farias, do Posto.

 

A reunião realizada no diretório do PMDB na segunda-feira passada foi tensa. Leomar Quintanilha defendeu a argumentação da ala que não quer o partido participando de uma indireta. Nos bastidores o maior oponente à participação do partido é justamente o ex-governador Marcelo Miranda.

 

Lançado pela senadora Kátia Abreu ele retirou o nome e disse não ter interesse na disputa indireta. Acha que o partido faz o jogo do governo se participar. Companheiros seus consideram o recuo um erro. “Ele perde a chance de se mostrar elegível e de juntar as oposições em torno dele”, lamentou um deles em conversa com o portal.

 

Leomar tem que assinar

 

Depois de informar que haverá convenção dia 29, o ex-senador e presidente, Leomar Quintanilha sumiu do radar e não tem atendido a imprensa nas últimas 48 horas. Segundo informações de bastidores, Leomar não assinará a convocação da convenção do PMDB para referendar um nome às indiretas.

 

Sabedores disso, o grupo Dito, Gaguim e Pugliese estariam pressionando o presidente afastado Júnior Coimbra a retomar o comando do partido e chamar a convenção de toda maneira. Se não a opção seria reunir as assinaturas de dois terços do diretório para convocar a convenção. Esta, um gasto que o PMDB não quer fazer, já que teria que bancar deslocamento a Palmas dos convencionais do interior, alimentação, material e tudo mais.

 

Dito quer ser o nome de consenso e tem dito nos bastidores que tem os meios de vencer as eleições. Entre eles o comprometimento de deputados que lhe deveriam favores.

 

Contando com oito votos, caso se una, a oposição poderia trabalhar ainda quatro “vulneráveis” da bancada de governo.

 

O Lago por testemunha

 

O certo é que Dito acredita que pode ser o candidato do PMDB e das oposições. É tanto que tem convidado deputados estaduais para conversar no seu barco, atracado na Praia da Graciosa. Lá, em “alto lago”, tem tido conversas interessantes.

 

Para conversar com empresário, teriam ido à Graciosa e ao barco, até o governador interino Sandoval Cardoso, no sábado passado. E seu pretenso candidato a vice: Eduardo do Dertins, do PPS.

Com três candidaturas postas: Luciano Coelho, José Augusto Pugliese e Dito, o PMDB vive seu primeiro dilema antes de junho chegar. Quem vencerá esta batalha, só o tempo dirá.

Comentários (0)