Durante o debate promovido pela TV Anhanguera na noite desta terça-feira, 30, o candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB) negou envolvimento com o caso do avião apreendido em Piracanjuba e utilizou seu tempo de respostas para alfinetar o candidato da situação, Sandoval Cardoso, realizando críticas à atual gestão em áreas específicas, como a Saúde e Segurança Pública.
Ao responder uma pergunta do candidato Luís Cláudio, do PRTB, sobre o caso do avião apreendido em Piracanjuba, Miranda negou seu envolvimento. “Eu já afirmei que não estou envolvido com isso, não tenho nada a ver com isso. E repito que o cidadão envolvido, o Douglas, já deu seu depoimento. Já disse com quem estava. E o que eu tenho a ver com isso? Estou aqui para tratar do desenvolvimento do Tocantins”, respondeu Marcelo Miranda.
O candidato ainda disparou que, em comparação ao caso do avião, “se for discutir a questão de Igeprev, são 2.880 aviões para transportar o rombo do Igeprev. A CPI está instalada, mas ainda não deu resultado. Eu vou buscar até fim essa questão do Igeprev”. Miranda avaliou que seu eleitor o conhece e “sabe que jamais faria mal. Se tem que tratar tem que ser com o envolvido e com a polícia”.
Demissão de comissionados
Outro assunto abordado foi acerca das declarações de Miranda a um jornal recentemente, em que teria afirmado que demitiria todos os comissionados assim que assumisse o Governo. Sandoval perguntou ao principal adversário se ele iria demitir os comissionados do Estado e Marcelo disse que "jamais" irá demitir pais de família. “Foi uma interpretação dúbia, eu jamais demitiria pais de família. O Marcelo Miranda sempre apoiou servidor público. Quero dizer que choque de gestão não significa demissão, vamos analisar caso a caso e realizar concurso”.
Outros temas
Marcelo Miranda prometeu reduzir o preço pago pela energia elétrica, indo atrás de investidores em energia limpa, “a população está muito carente”, ponderou.
Sobre Educação, o candidato falou que quer estar ao lado do educador e dar a ele autonomia, “principalmente às diretorias das escolas. Autonomia para que o gestor possa administrar os recursos das escolas”. O candidato disse que a educação passa por um momento difícil, contou que as escolas de Brejinho de Nazaré estavam sem energia. “Como é que os nossos professores vão atuar?”, questionou.
Ainda no primeiro bloco o candidato a governador Marcelo Miranda lembrou o programa habitacional que criou e permitiu que entregasse 40 mil casas populares antes da existência do programa “Minha Casa, Minha Vida”, segundo afirmou e disparou: “o governo que você está dando continuidade, prometeu 70 mil casas e não entregou nada. Eu entendo que com o cartão moradia voltaremos a dar teto para as pessoas”.
O candidato respondeu perguntas sobre o agronegócio e disse que sabe que hoje o Tocantins vive sua vocação para este fim. “Temos que dar segurança jurídica para que os investimentos aconteçam. O que tem salvado o Tocantins é a agricultura”, avaliou. Miranda prometeu criar a Casa do Agricultor, que vai reunir os órgãos Adapec, Ruraltins e Naturatins. “Esses órgãos passam por problemas difíceis. Vamos criar a Casa do Produtor Rural, o cidadão lá do Bico não vai precisar sair de lá para conseguir uma licença e documentos de terras”, disse.
Na área da Saúde, Marcelo Miranda analisou que o estado vive hoje uma vergonha nacional, que o estado é caso de UTI e alfinetou Sandoval acerca dos hospitais que o governador afirma que estão sendo construídos. Miranda disse que andou por Araguaína e Gurupi e que não viu os hospitais. “Por onde eu passo a cobrança generalizada é de problemas na saúde. Vou fazer o S.O.S. Saúde emergencial, sentar com técnicos e discutir projetos”, afirmou.
Sobre Segurança Pública, o candidato a governador falou que o Estado vive o retrato de insegurança, ao ser informado sobre a morte de três pessoas. Miranda disse que vai voltar com a força tarefa do Estado, “dar segurança ao povo, trazer para mais perto a Polícia Militar, Polícia Civil e a Guarda Metropolitana e até o Ministério Público, porque é inadmissível a viatura da PM não ter gasolina”, ponderou ao se comprometer a fazer concurso para a PM.
Por fim, Marcelo Miranda rememorou que seu governo foi aprovado porque ele foi um gestor que esteve mais perto do povo. “Tenho sofrido muito, mas graças a Deus a população sabe o que fiz e sabe que em todas as áreas a minha administração foi aprovada porque eu estava mais perto das pessoas”.
Miranda disse que não haverá perseguição aos servidores públicos em seu governo, caso eleito, e pediu o voto da população, afirmando estar mais experiente e preparado para governar o Tocantins.
Atualizada às 10h54
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