Dorinha, Gaguim e Halum são a favor do impeachment; Dulce e Josi aguardam PMDB

Josi Nunes e Dulce Miranda, do PMDB, aguardam o resultado da reunião do Diretório Nacional, marcada para começar às 15h desta terça-feira, para se posicionar

Deputada Federal Josi Nunes
Descrição: Deputada Federal Josi Nunes Crédito: Foto: Luiz Macedo

Mais da metade da bancada do Tocantins na Câmara dos Deputados ainda não divulgou seu posicionamento sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Até o momento, dois oito deputados federais que representam o Estado na Câmara, apenas Professora Dorinha (DEM), Carlos Gaguim (PTN) e César Halum (PRB) se posicionaram oficialmente e favoráveis ao impeachment.

 

Em nota emitida nesta segunda-feira, 28, Gaguim declarou que “considerando a situação econômica e política em que passa o país, e, sobretudo, pela vontade dos meus eleitores tocantinenses e de muitos cidadãos pelo Brasil que opinaram na enquete realizada nas minhas redes sociais: Twitter, Facebook, Whats App, entre outros meios disponibilizados pela minha assessoria para averiguarmos a vontade do povo brasileiro. Declaro pelo Tocantins, pelo Brasil que voto SIM pelo impeachment”.

 

De acordo com as assessorias de imprensa das deputadas Josi Nunes e Dulce Miranda, do PMDB, elas aguardam o resultado da reunião do Diretório Nacional, marcada para começar às 15h desta terça-feira, 29, em um plenário da Câmara, quando o partido definirá se rompe com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Várias negociações vêm sendo feitas entre os defensores da permanência do partido no governo e os contrários à manutenção do apoio da legenda.

 

Josi fez um pronunciamento na Câmara na noite desta segunda, ressaltando os motivos que levaram milhares de pessoas às ruas, em recentes manifestações, a protestar contra o cenário político atual do país e apontando um possível posicionamento favorável ao impeachment. “As manifestações espontâneas e generalizadas são uma reação fecunda, ativa, diante do caos que se apresenta. Que essa capacidade de lutar por um país melhor aconteça sem ódio, sem discriminação. Essa crise que vivemos é reflexo do desejo de mudança. Não podemos continuar míopes ou recusar nossa missão de trabalhar pelo povo. O impeachment é uma realidade, e não é um golpe”, disse Josi.

 

Entre os demais deputados, Vicentinho Júnior (PR), Lázaro Botelho (PP) e Irajá Abreu (PSD), que é suplente na comissão que avalia o impeachment, ainda estão analisando o cenário político. Novos posicionamentos devem ser divulgados até esta quarta-feira.

 

Comissão do impeachment

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrará na fila e não poderá tramitar simultaneamente com o atual processo. O pedido da OAB foi protocolado à tarde pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia, que estava acompanhado de representantes da Ordem. Eles foram recebidos sob protestos de manifestantes contrários ao afastamento da presidente.

 

Segundo Cunha, os trabalhos da comissão em curso têm andado com rapidez e em duas semanas já poderá haver uma definição sobre o tema. A comissão foi instalada no dia 17 de março e o prazo para a presidente apresentar a sua defesa começou a contar no dia seguinte. A previsão é que esse prazo termine na próxima segunda-feira, 4, o que vai depender da realização de sessões no plenário.

 

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