Para Mourão, instituições não têm instrumentos para coibir compra de votos

Candidato a deputado estadual, o ex-prefeito de Porto aponta que é necessário mudar a legislação e aperfeiçoar os instrumentos de fiscalização dos abusos de poder econômico e compra de votos

Paulo Mourão, candidato a deputado estadual
Descrição: Paulo Mourão, candidato a deputado estadual Crédito: T1 Notícias

A prática de compra de votos no Tocantins, através do aliciamento de lideranças não acabará tão cedo, nem terá o efetivo combate das instituições. Esta é a opinião do candidato petista a deputado estadual Paulo Mourão, que conversou na tarde de ontem, terça-feira, 16, com o Portal T1 Notícias, para fazer uma análise do processo eleitoral em curso no Estado.

 

Otimista com a campanha que vem fazendo, Mourão afirma que “não adianta reclamar que as campanhas estão caras e que a compra de votos está escancarada, enquanto não mudarmos o modelo, investindo em educação e dotando as instituições de instrumentos de fiscalização”.

 

“Não é que as instituições sejam frágeis. Tanto o Ministério Público quanto a Polícia Federal têm sido atuantes, mas o que falta são instrumentos legais para uma fiscalização mais efetiva”, argumenta.

 

Para Mourão,  “só mudando a lei, a começar pelo fim das doações de campanha, para mudar a realidade que vivemos. É preciso também ter instrumentos de investigação das transferências bancarias de alto valor neste período eleitoral”.

 

Educação como ferramenta 

 

Ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão aponta os baixos índices de crianças e jovens nas escolas em todo o Estado como um dos indicadores de que o Estado carece de investimento maciço em educação  e profissionalização. “A consciência do voto como instrumento de transformação só chega com a educação e a independência financeira só chega com a formação profissional”, defende.

 

“Dos beneficiados com o Pronatec da presidente Dilma, o Tocantins só tem 40 mil jovens que se beneficiaram e só chegamos a este número por que a senadora Kátia Abreu tomou a frente e fez pelo Senar”, lembra ele, afirmando que o número é baixo diante da necessidade.

 

“Se o governo do Marcelo não agir neste sentido nos próximos quatro anos, pouca coisa vai mudar. Mas tenho fé que ele será eleito para iniciar este processo de transformação de que nosso povo tanto precisa”, finalizou.

 

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