Candidatos do concurso para o cargo de delegado afirmam que foram empossados de acordo com a legalidade

Os delegados Adriano Carrasco e Celina Coelho informaram ao Site Roberta Tum que entraram com um requerimento administrativo para posse em detrimento do terceiro candidato ter sido empossado no cargo mesmo eliminado do certame realizado em 2007. Segu...

Os delegados Adriano Carrasco e Celina Coelho procuraram, na manhã do último dia 07, a equipe do Site Roberta Tum para prestar esclarecimento sobre as suas posses no cargo de delegado de polícia na regional de Arraias. Segundo a ação do bacharel em Direito Wlademir Costa de Oliveira, os dois candidatos do concurso pra delegado da Polícia Civil, realizado em 2007, tomaram posse aproveitando o curso de formação, uma etapa do certame, feito em outro estado.

Os delegados negam que tivessem sido eliminados do certame. Eles contam que o edital do concurso não previa vagas para cadastro reserva, e que a aprovação da primeira etapa do certame, que ofereceu 50 vagas, seria três vezes o número total das vagas. Celina e Adriano ficaram em oitavo e nono lugares, respectivamente, portanto, dentro do quadro de classificação, de acordo com os delegados.

Celina e Adriano informaram que entraram com um requerimento de posse quando tomaram conhecimento de que um terceiro candidato, considerado eliminado, teria sido empossado. “Esse candidato tomou posse mesmo estando eliminado e à frente dos candidatos que estavam na lista de espera para a convocação”, afirmou Celina.

Por terem sido aprovados no concurso para delegado no Estado do Acre, os dois candidatos optaram por tomar posse naquele Estado, onde fizeram o curso de formação policial, cuja duração é de quatro meses. Ainda de acordo com os delegados, a própria academia de polícia optou por aceitar o curso de formação feito no Acre. “Aqui no Tocantins esse curso é feito em 45 dias, sendo que 50% é telepresencial. Foram a própria academia e Secretaria de Segurança Pública que aceitaram o nosso curso”, disse Adriano. O delegado disse, ainda, que o MPE não foi inerte, e que havia dado parecer favorável ao chamamento de delegados acima do número de vagas divulgado.

Os requerimentos foram aceitos pela Secretaria de Segurança Pública e Celina e Adriano tomaram posse dos cargos no início de março deste ano. Segundo informaram foram designados para fazerem mutirão de inquérito nas cidades do interior.

Sobre o caso

O bacharel em Direito Wlademir Costa de Oliveira entrou com uma reclamação na Corregedoria Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o Ministério Público do Tocantins (MPE) por inércia em permitir que dois candidatos eliminados tomassem posse no concurso da Polícia Civil realizado em 2007.

Segundo a reclamação de Oliveira, datada em 14 de março, o Governo do Estado deu posse aos candidatos Adriano Carrasco dos Santos e Celina Coelho da Silva como delegados de polícia na região de Arraias mesmo estando eliminados do certame. Oliveira alegou que os dois candidatos não fizeram a segunda etapa do concurso, considerada obrigatória e eliminatória, que consistia no curso de formação ministrado pelo próprio Estado, o que caracterizou a eliminação dos mesmos.

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