Cavalcante aponta 34 convênios da prefeitura com obras paralisadas e sem conclusão desde 2005: "cidade está abandonada"

O vereador Aurismar Cavalcante questionou a competência administrativa do prefeito Raul Filho (PT) e disse que Palmas "não tem uma gestão séria, comprometida com a eficiência e a boa aplicabilidade dos recursos públicos". De 45 convênios fi...

Os ânimos se exaltaram na sessão da Câmara desta quinta-feira por causa do pronunciamento do vereador Aurismar Cavalcante (PP). O vereador questionou a competência administrativa do prefeito Raul Filho (PT) e disse que Palmas “não tem uma gestão séria, comprometida com a eficiência e a boa aplicabilidade dos recursos públicos”.

Cavalvante citou obras do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC que estão paralisadas há anos mesmo com o dinheiro tendo sido disponibilizado pelo Governo Federal. Segundo o vereador, desde o ano de 2005, foram firmados 45 contratos entre a prefeitura e a União para obras de infraestrutura. Desses contratos, apenas quatro foram concluídos, sete em andamento e os 34 restantes estão em obras atrasadas ou não iniciadas. Essas obras, de acordo com Cavalcante, correspondem ao montante de cerca de R$ 151,4 milhões. “É uma situação de descaso e abandono”, afirmou Cavalcante. Essas mesas obras foram alvo de críticas do deputado Marcelo Lélis (PV) na sessão da última terça-feira.

O vereador ainda citou outras obras da prefeitura que estão paralisadas e que os contratos entre o município e o Governo Federal estão diminuindo por incapacidade de execução dos mesmos pela prefeitura de Palmas. “São obras importantes que estão paralisadas. E o que é mais estarrecedor é o fato de haver contratos que tiveram os seus recursos liberados, depositados em conta e, mesmo assim, as obras não foram executadas. E o gestor tem a obrigação de esclarecer à sociedade onde estão esses recursos”, disse Cavalcante. Dentre as obras citadas pelo vereador que estão paralisadas estão o Centro de Convenções Parque do Povo, o centro olímpico do ginásio Ayrton Senna, as 1001 unidades habitacionais nas áreas da ARSE 131, 132, ARNE 54, Buritirana e Taquaruçu.

Milton Néris responde

Em defesa do executivo municipal, o vereador Milton Néris (PT) disse que todas as acusações não passam de “denuncismo político não comprovado”. Néris criticou o governo do Estado que, segundo ele, tem mais de R$340 milhões em caixa e não utiliza esse recurso em benefício do Tocantins.

Já o vereador Lúcio Campelo (PR) tentou ponderar as discussões dizendo que as duas gestões do prefeito foram sem apoio do Estado e que essa situação está mudando. De qualquer forma, Campelo também criticou a falta de planejamento da prefeitura para evitar o gasto do dinheiro público de forma desnecessária. Campelo disse, também, que a sociedade precisa avaliar o comportamento do político e suas ações. “O prefeito irá sofrer as conseqüências dos seus erros e acertos”, afirmou.

Recapeamento

O vereador Lúcio Campelo informou, ainda, que a prefeitura se comprometeu em utilizar R$12 milhões em recapeamento nas ruas e avenidas de Palmas. Campelo justificou que o dinheiro público acaba sendo jogado fora duas vezes, sendo que os buracos da Capital são tapados, mas por causa das chuvas, são abertos novamente. Segundo Campelo, o Estado deverá entrar com uma contrapartida de R$40 milhões em parceria com a prefeitura.

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