O lobista Maurício Manduca, um dos três foragidos da Justiça que tiveram a prisão temporária decretada por suspeita de envolvimento em um esquema de fraudes em contratos públicos em Campinas, se apresentou no começo da tarde desta quarta-feira, 1º, na Corregedoria da Polícia Civil de Campinas.
Manduca é suspeito de ser representante do empresário José Carlos Cepêra, juntamente com o outro lobista Emerson de Oliveira, para fazer o intermédio e negociação em fraudes de licitações e também pagamento de propina. Das 20 pessoas que tiveram a prisão temporária decretada, duas continuam foragidas: o empresário José Carlos Cepêra e o empresário do ramo de eventos Ivan Goretti de Deus.
Uma gravação em fita cassete encontrada pelo Ministério Público na casa de Maurício Manduca mostra uma conversa entre ele, o lobista Emerson de Oliveira e o empresário Gregório Vanderlei Cerveira, dono da empresa Hidrax, que também está sendo investigada por denúncias de fraudes em contratos com a Sanasa pelo Gaeco.
Desdobramento
A investigação sobre fraudes na Sanasa é desdobramento de outro inquérito do MP-SP, que revelou licitações forjadas em pelo menos nove prefeituras de São Paulo e no governo do Tocantins, durante a gestão Carlos Gaguim (PMDB). O empresário José Carlos Cepera e o lobista Maurício Manduca são suspeitos pelo desfalque de R$ 615 milhões.
Cepera e Manduca chegaram a ser presos em outubro do ano passado, após investigações do Ministério Público que apontaram a suposta participação deles num esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo prefeituras e empresas públicas nos estados de São Paulo e Tocantins.
Entretanto, eles haviam sido libertados em razão de uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça a Cepera, com efeitos estendidos aos outros dois. A liminar foi cassada na quinta pelo STJ. (Com informações do O Globo)
Comentários (0)