O final da tarde de quinta-feira, 30, e o começo da manhã desta sexta-feira, 31, em Caseara, às margens do Araguaia foram marcados por diversas atividades preparatórias ao passeio de embarcações que marca a 1ª Caravana em Defesa do Araguaia, liderada pela senadora Kátia Abreu (DEM), presidente da CNA. O lançamento da caravana ocorreu na praça, onde autoridades discursaram, recepcionados pelo prefeito Valtinho e primeira-dama Ildislene.
O deputado estadual Ângelo Agnolim (DEM), que preside a Comissão do Lago, foi o primeiro a falar, fazendo a defesa do projeto da senadora Kátia Abreu. “É preciso reconhecer que a vocação do Araguaia não é a produção de energia”, destacou. Ele foi sucedido pelo presidente da Faet, Júnior Marzola, que saudou a iniciativa e a necessidade de mobilização em torno da idéia de proteger o rio. Deputado federal e presidente do DEM, João Oliveira falou em seguida pregando o desenvolvimento sustentável para as populações ribeirinhas.
Gaguim apóia
O presidente da Assembléia Legislativa, Carlos Henrique Amorim, o Gaguim, fez um discurso enfático. “Kátia, este é um ato simbólico, é a primeira caravana, mas o ano que vem vamos reunir aqui 10 mil pessoas para fazer a segunda caravana, e assim sucessivamente”, argumentou. Saudado pela senadora, como o próximo governante do Estado, que “irá substituir o governador Marcelo Miranda”, Gaguim é apoiador da iniciativa desde a sua concepção, e levou diversos amigos e embarcações para acompanhar a travessia pelo rio, de Caseara até Couto Magalhães, com parada prevista no final da tarde desta sexta-feira, 31 em Araguacema.
Rio Parque
Agradecendo a presença dos ribeirinhos, colônia de pescadores, pequenos agricultores vindos dos assentamentos, e a imprensa nacional e local que acompanha a caravana, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu destacou a importância do evento. “Todas as hidrelétricas previstas para o rio Araguaia, juntas, gerariam 5 mil kilowatts de energia. Isto é tão pouco, que não justifica o dano ambiental que será causado ao rio”, argumentou.
Traçando comparativos, Kátia lembrou que se a área a ser inundada pelos lagos formados por estas possíveis usinas poderiam ser plantados com cana de açúcar, “que o bagaço delas geraria a mesma quantidade de energia”. Ela lembrou também que os recursos a serem utilizados com explosões e dragagens ao longo do rio seriam suficientes “para construir uma ferrovia ao longo do rio, sem necessidade de agredi-lo desta forma”. A defesa do ambientalismo sustentável esteve presente em toda fala da senadora.
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