O peso da vitória do PMDB no Congresso para 2010

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A vitória do PMDB ontem nas duas maiores casas legislativas do País: Senado e Câmara Federal dá uma dimensão da importância do partido para a sucessão do presidente Lula em 2010. No comando da pauta do que entra em votação no Congresso, o partido se firma como o fiel da balança paraas próximas eleições. Todo mundo quer o PMDB. Ou melhor, o apoio do PMDB.

No senado, José Sarney - cuja candidatura foi articulada por Renan Calheiros, e apoiada pelo presidente Lula - obteve 49 votos a 32. Calheiros já é líder de bloco (PMDB/PP) e o ex-presidente Fernando Collor deve ganhar projeção à frente da Comissão de Relações Exteriores. A vitória sobre o petista Tião Viana também contou com uma mãozinha do governador José Serra, pré-candidato à presidência.

Na Câmara, onde são 509 votantes, Michel Temer conquistou 304 votos, numa dinâmica que provocou a avaliação de cientistas políticos de que o legislativo é "frágil", em função de que os partidos não votam em bloco, mas sim na base do  clientelismo.

No comando das  casas, o partido que tem a maioria dos deputados federais e senadores, é "a noiva cobiçada" tanto lá onde se definem os apoios para Dilma e Serra, quanto aqui, em chão tocantinense. Se o PMDB ficar com Lula e a verticalização ocorrer, Marcelo Miranda, virtual candidato ao senado, poderá compor chapa com o PT.

Se o partido ficar com Serra, abre a possibilidade de uma chapa no Tocantins com o DEM de Kátia Abreu, trazendo a reboque o PSDB "de EduardoGomes", como bem disse outro dia o deputado João Oliveira. Com a vocação nata de ser poder, o PMDB tem pela frente a tranquilidade de poder escolher e traçar seu destino confortavelmente.

No Tocantins, vencido o primeiro mês do ano, tudo volta ao seu lugar. Aqui o PMDB também é poder em dois palácios:o Araguaia, e o Paço Municipal. Uma situação pra lá de confortável.

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