O desvio de R$ 73 milhões da Caixa Econômica Federal (Caixa) evidenciado neste final de semana através da deflagração da Operação Éskhara da Polícia Federal (PF) ainda está sendo esclarecido.
Segundo a Polícia Federal o ex-gerente-geral da agência da Caixa em Tocantinópolis preso, Robson Pereira do Nascimento, conseguiu transferir um valor milionário para uma conta fantasma, no nome de uma pessoa que não existe.
De acordo com as informações da PF, houve um sorteio da mega-sena que foi acumulado em R$11 milhões, que não teve ganhador. No entanto, o ex-gerente afirmou à polícia que teve acesso ao comprovante da aposta e que por isso teria liberado a quantia, contudo o bilhete nunca foi encontrado pela PF.
Conforme as informações, o ex-gerente liberou R$ 73 milhões, valor que foi transferido para o suposto “vencedor” que apresentou o "bilhete premiado" na agência de Tocantinópolis, mas o prêmio soreteado pela Caixa era de R$ 11 milhões. Desta forma, mesmo se houvesse um ganhador, assim como afirma o ex-funcionário da agência, o prêmio que deveria ser repassado seria apenas o sorteado pela Caixa (R$ 11 milhões) e não os R$ 73 milhões.
Conforme apurou o T1 Notícias, o jogo da mega-sena que sorteou os R$11 milhões e que gerou toda a operação da PF foi o nº 1.554, realizado no dia 7 de dezembro de 2013.
PF procura três envolvidos no desvio de R$ 73 milhões da CEF
Valor distribuído
Após a liberação dos R$ 73 milhões para uma conta, o montante foi transferido para várias outras contas.
Segundo o delegado federal Omar Pepow, em entrevista à Agência Brasil, a PF identificou inicialmente as contas bancárias que mais receberam dinheiro do desvio e agora vai analisar cerca de 200 contas bancárias. Do total de R$ 73 milhões, cerca de 70% já havia sido recuperado.
De acordo com Pepow, estão sendo investigados os desvios de R$ 4,5 milhões enviados para contas no Ceará e R$ 750 mil enviados para contas na Bahia.
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