Coimbra diz que partido está pior, comunicou retorno e não teme pressão de Kátia

O presidente do PMDB no Tocantins garantiu que comunicou seu retorno à presidência, mas que pegou partido pior que deixou. Ele também afirmou que já está acostumado com ameaça de intervenção...

Presidente do PMDB Tocantins, Júnior Coimbra
Descrição: Presidente do PMDB Tocantins, Júnior Coimbra Crédito: T1 Notícias

Na primeira reunião do presidente Júnior Coimbra com membros do Diretório do PMDB, nesta manhã de sexta-feira, dia 13, ele alfinetou: “retomamos o partido pior do que deixamos”.

Em entrevista ao T1 Notícias na sede do partido em Palmas, ele disse que o PMDB tinha contas e que nenhuma delas foi paga nesses mais de 100 dias que Leomar Quintanilha assumiu a presidência. “Inclusive as contas de água e energia estão todas em atraso”. O presidente disse que esperava que Quintanilha fosse conseguir recursos junto à Nacional para dar uma balanceada na vida econômica do partido, “mas reencontro em situação pior do que a nós deixamos”, disse.

 

Prazo indeterminado

Perguntado se não estaria descumprindo o acordo fechado com a Executiva Nacional em fevereiro ao retomar a presidência neste momento, o presidente disse que no documento que assinou não estava previsto prazo. “Estava escrito prazo indeterminado, o que significa que eu poderia voltar no dia seguinte se eu quisesse. Mas eu dei a oportunidade para eles”.

Coimbra declarou que seu retorno à presidência do PMDB é algo absolutamente normal, já que ele é o presidente eleito pelo partido. “Não tinha acordo para entregar permanentemente, se não  seria renúncia e eu não renunciei. Foi só uma licença”, argumentou.

 

Comuniquei

O presidente afirmou ao Portal T1 Notícias que comunicou a alguns membros do partido o seu retornou. “Eu não falei com o Quintanilha porque não consegui localizá-lo”, disse ao justificar que, mesmo assim, encaminhou um email para o ex-senador no dia em que entregou um ofício no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Neste, o presidente solicitou alteração de senhas para alterar dados no Diretório.

“Ainda na semana passada eu visitei o presidente Michel Temer e comuniquei que estava voltando. Ele me pediu para que eu esperasse para depois da convenção [declaração] de apoio à presidenta” Dilma Rousseff, declarou.

Coimbra afirmou ainda que comunicou que estava retomando a presidência ao ex-governador Marcelo Miranda, ao deputado federal Osvaldo Reis e ao senador Valdir Raupp.

 

Crise interna

O presidente disse que da sua parte irá fazer o possível para que as crises internas do PMDB não voltem. “Da minha parte não feriu nada. Continuo aberto ao diálogo. Tenho conversado muito com o ex-governador Marcelo Miranda. A senadora Kátia Abreu, nós não conversamos porque não houve interesse da parte dela. Ela não teve interesse em conversar com o outro grupo”, alfinetou.

Ao falar sobre a possibilidade da senadora ir à Nacional, Coimbra disse que já está acostumado com as ameaças de intervenção. “Já são dois anos que eu venho passando por esse tipo de pressão, mas eu tenho superado todos esses momentos com humildade”.

Ainda sobre a possibilidade de crescer novamente a desunião no partido com o seu retorno à presidência, Coimbra disse que da sua parte não há desunião nenhuma. “Nós apenas voltamos ao lugar onde o partido nos colocou”.

 

Convenção disputada

Coimbra disse que decidiu se reunir hoje com os membros porque o prazo para comunicar a data da convenção do partido está se esgotando. Falou ainda que se houver uma disputa nas convenções, com o número de delegados que o presidente Quintanilha empossou, “eles estão em igualdade. Acho até que com certa vantagem sobre a gente”, disse.  

No Diretório Regional, Coimbra afirmou que continuam 30 membros para o grupo dos Autênticos “e 41 para o nosso”. As convenções estão marcadas para o dia 24 de junho, terça-feira, na Assembleia Legislativa (AL).

Convenção PMDB

 

Atualizada às 11h29.

 

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