Na sessão da manhã desta quarta-feira, 25, na Assembleia Legislativa (AL) o assunto debatido foi a aprovação das contas do ex-governador Gaguim e a reprovação das contas de Marcelo Miranda, exercício de 2009, separação prevista em Decreto Legislativo vindo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O deputado José Bonifácio subiu à tribuna e não economizou palavras para expor a "vergonha" que ele mesmo afirma sentir ao ver o parlamento aprovar um decreto atendendo a interesses políticos. Ele disse que “o deputado está aqui para votar de acordo com a sua consciência ou até com interesses” e que “o Governo era o maior interessado nessa votação”.
O parlamentar declarou que “o parlamento capenga onde ninguém tem nada haver com alguma coisa, mas com o Governo interessado”. Ele relatou que “hoje, ao entrar na Casa, escutei seis servidores conversando o seguinte teor: aquilo que os deputados votaram ontem é para atender os interesses de alguém. Isso é uma vergonha” e concluiu: “somos vistos pelos próprios funcionários como uma vergonha”.
Para ele o painel deveria ter sido aberto e não uma votação secreta como ocorreu, “para mostrar ao Estado a vergonha que é esse parlamento. Para mostrar a maioria desses deputados que não votam pela consciência, mas pelos interesses momentâneos”.
Bonifácio disse ainda que a vergonha dos servidores desa Casa refletem o pensamento da maioria do povo tocantinense. “Nós votarmos para condenar ou absolver alguém atendendento interesses é realmente uma vergonha. Estamos no final do nosso mandato praticando atitudes vergonhosas. Eu estou com os serviodres desta Casa”, declarou Bonifácio.
O deputado Amélio Cayres pediu a palavra e disse que a atitude relatada pelo deputado Bonifácio não é menos vergonhosa do que sair da sala e não votar.
Se dirigindo a Bonifácio o presidente da Casa de Leis afirmou não ter sentido vergonha do que aconteceu ontem e ainda alfinetou: “várias atitudes do parlametar são sim uma vergonha”.
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