O tocantinense que rendeu um funcionário do Hotel Saint Peter, em Brasília, nesta segunda-feira, 29, se entregou à Polícia e liberou o refém por volta das 16h25. Segundo a imprensa nacional, o homem natural de Arraias liberou o trabalhador do hotel após quase 7 horas de sequestro e será levado para a 5ª Delegacia, na Asa Norte.
Mais cedo a imprensa nacional confirmou o nome do homem considerado "terrorista". Trata-se de Jac Souza dos Santos que, segundo confirmou o secretário do PP no Tocantins, Robson Ferreira, foi secretário de Agricultura de Combinado e candidato a vereador na última eleição, não sendo eleito.
Robson Ferreira contou que conversou com os correligionários de Combinado, que traçaram um perfil “meio estranho” do ex-secretário. Segundo informou o pepista, que admitiu nunca ter tido muito contato com Jac Souza, ele havia anunciado que iria para Brasília há algum tempo, o que fez com que conhecidos acreditassem que estaria morando na capital federal. “A família é da zona rural, muito humilde”, acrescentou.
As informações são de que o tocantinense rendeu um funcionário e lhe colocou um colete com o que parecer ser explosivos. Cerca de 300 pessoas foram retiradas do prédio e a área chegou a ser isolada. As imagens propagadas nos noticiários mostravam que o sequestrador ia com o refém até a sacada do hotel, com o colete e uma arma apontada em sua direção.
Conforme declarações do diretor da comunicação de Polícia Civil de Brasília, Paulo Henrique Almeida, à Agência Brasil, três negociadores dialogavam com ele. Há informações ainda acerca das exigências do homem, que eram genéricas e de caráter político. Já veicularam na imprensa nacional o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti, condenado por matar pessoas em seu país, além da aplicação da Lei da Ficha Limpa e a saída da presidenta Dilma Rousseff do poder até às 18 horas.
O diretor de comunicação do Polícia Civil disse ao Jornal O Globo que Jac Souza dos Santos deixou três cartas em Palmas, uma em sua própria residência, outra na casa da mãe e uma na casa do tio, todas com teor de despedida, em que fala que está desesperado e pede desculpas para a mãe e para os tios e diz que depois da tempestade vem a bonança.
Ainda conforme as declarações dadas pelo diretor, o tocantinense deu entrada no hotel às 5h30 e começou a criar tumulto.
No Tocantins
O delegado de Polícia Civil de Combinado está comandando as investigações no Tocantins, apurando informações junto à família e conhecidos de Jac Souza e repassando as informações para Brasília. Uma das cartas citadas na reportagem foi encontrada por ele com a mãe do ex-secretário em Combinado. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP/TO).
(Atualizada às 16h45)
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