O T1 Notícias recebeu denúncias de que o esgoto bruto da Universidade Federal do Tocantins (UFT) estaria sendo jogado diretamente no Lago de Palmas. Funcionários e alunos do campus reclamam do mau cheiro próximo de onde está sendo construída a nova reitoria e alertam para o risco ambiental de contaminação do lençol freático e do lago é grande, pois essa situação já dura alguns dias.
Uma equipe do Portal esteve no local na tarde de ontem, quinta-feira, 26, e comprovou a situação. O esgoto contendo todo tipo de dejeto, inclusive químicos e agrotóxicos, pode ser visto por quem passa próximo à construção do prédio da nova reitoria da UFT. A equipe constatou que as reclamações sobre o mau cheiro insuportável também procedem.
Problemas na Estação de Tratamento de Esgoto da UFT
O diretor de Infraestrutura da UFT - Campus Palmas, João Batista Martins Teixeira, afirmou ao T1 que o descarte de esgoto bruto no lago é decorrente de problemas em bombas da estação de tratamento de esgoto, que queimaram.
Segundo ele, o problema só foi detectado depois que o esgoto já havia se espalhado. “Nós percebemos que houve uma falha no tratamento. As bombas queimaram. Foi detectado esse problema, mas não sei exatamente quando queimaram”, disse.
O diretor afirmou ainda que fiscais do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) já estiveram no local e deram um prazo de até 15 dias para que o problema fosse resolvido.
“Todo esgoto que é coletado no campus de Palmas passa por tratamento nessa estação e é feito o descarte dele. Esse é o procedimento”, informou João Batista sobre como funcionava antes das bombas queimarem.
João Batista disse que novas bombas já foram providenciadas. “As bombas já estão funcionando e estamos fazendo melhorias na estrutura de tratamento para evitar novas ocorrências”, garantiu.
Naturatins vai conferir se problema foi resolvido
O Naturatins disse ao Portal em nota, que recebeu denúncias da ocorrência na UFT no último dia 16 e que uma equipe esteve no local. Após constatar o fato, o Naturatins confirmou que notificou a UFT com um prazo de 15 dias para resolver a situação.
O Instituto informou ainda que “na próxima semana equipe de fiscalização do Naturatins retorna ao local para verificar se a universidade está tomando providências para sanar o problema, caso contrário estará descumprindo a notificação e poderá ser multada”.
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