Servidores ficam feridos após disparo acidental durante entrega das armas da PC

Sinpol responsabilizou SSP por disparo, afirmando que local não era adequado para entrega das armas. A SSP contradiz e disse que armas deveriam ter sido entregues na sede do Gote.

Disparo acidental na entrega de armas da PC
Descrição: Disparo acidental na entrega de armas da PC Crédito: Bonifácio/T1Notícias

Um disparo acidental na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) deixou dois servidores do quadro administrativo feridos na manhã desta segunda-feira, 16. A SSP acionou a equipe de perícia para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

 

O incidente ocorreu durante a entrega das armas dos policiais civis e agentes penitenciários, que atendem determinação de Portaria Conjunta da SSP e da Secretaria de Defesa Social (Seds). Os dois funcionários sofreram apenas escoriações e foram encaminhados para receber atendimento médico.

 

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e a SSP se manifestaram por meio de nota sobre o ocorrido, com informações divergentes sobre o local de entrega das armas.

 

Por meio de nota, o Sinpol responsabilizou a SSP pelo disparo, afirmando que não foi disponibilizado um local adequado para a entrega das armas e que os policiais tiveram que improvisar. “A secretaria não disponibilizou um local adequado para a entrega das armas, obrigando os policiais a improvisarem a entrega no chão, o que provocou a queda de uma arma, gerando o disparo”, afirmou o Sinpol.

 

Já a Secretaria de Segurança Pública disse que a orientação era para que as armas fossem entregues na sede do Grupo de Operações Táticas (Gote), mas o comando de greve já havia convocado os policiais para fazer a entrega na SSP e o secretário, César Roberto Simoni de Freitas, decidiu autorizar o recebimento no local para evitar embate com os grevistas.

 

Confira abaixo as notas da Sinpol e da SSP na íntegra: 

 

Nota de esclarecimento - SSP

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) esclarece que:

· A entrega das armas dos policiais civis e agentes penitenciários em situação de insurgência, em desobediência à medida judicial que considera a greve ilegal, estava prevista para acontecer na sede do Grupo Especial de Operações Táticas (Gote), durante todo o dia de hoje. No entanto, como o comando de greve havia convocado toda a categoria para fazer a entrega na sede da SSP, o secretário da pasta, César Roberto Simoni de Freitas achou por bem autorizar o recebimento das armas na sede da SSP, a fim de evitar confrontos com os insurgentes. Assim, o comandante do Gote, Rildo Barreira, estará de plantão na sede da SSP até o final do prazo estabelecido na Portaria Conjunta 001, de 13 de março de 2015.

· No início da manhã, enquanto os insurgentes aguardavam a chegada do comandante do Gote para fazer a entrega das armas, houve um disparo acidental que veio a atingir com estilhaços dois funcionários do quadro administrativo, que passavam pelo local. Os dois sofreram apenas escoriações e foram encaminhados para atendimento médico. A perícia também foi acionada para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

· A Diretoria de Polícia Científica informou que os peritos que compareceram à sede da SSP para realizar a perícia no local foram recebidos com empurrões e agressões verbais por parte do comando de greve, que tentou impedir a realização dos trabalhos. Em virtude destas agressões, o Ministério Público foi acionado para colher os depoimentos dos peritos e tomar as providências cabíveis.

· Tendo em vista a insistência dos insurgentes em entregar as armas em local impróprio – um prédio administrativo e que não havia sido designado para a deposição das armas, justamente por este motivo – e para evitar que novos incidentes acontecessem, o secretário de Segurança Pública baixou a Portaria de nº 246, dispensando todos os funcionários do quadro técnico administrativo de suas funções durante todo o dia de hoje.

 

Nota à Imprensa - Sinpol

O Sindicato dos Policiais credita ao Secretário de Segurança Pública toda a responsabilidade pelo disparo acidental durante a entrega das armas e equipamentos por parte dos policiais civis.

A secretaria não disponibilizou um local adequado para a entrega das armas, obrigando os policiais a improvisarem a entrega no chão, o que provocou a queda de uma arma, gerando o disparo.

O sindicato esclarece ainda que integrantes do movimento grevista chegaram à secretaria as 8 da manhã e só foram recebidos ao meio dia pela cúpula da secretaria.

O sindicato continua orientando os policiais a entregarem suas armas desmuniciadas, em cumprimento à portaria da Secretaria de Segurança que desarmou os policiais, deixando-os expostos e limitando os 30% dos serviços essenciais que vinham sendo executados.

 

 

 

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