O T1 Notícias teve acesso ao relatório que o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Tocantins divulgou após realizar vistoria surpresa no Hospital Geral de Palmas (HGP) no último dia 21. Além da falta de medicamentos, de leitos e superlotação, o relatório apontou um surto de superbactéria no HGP e seis mortes em um dia na Sala Vermelha do hospital. Os óbitos ocorreram no último dia 19, conforme livro de registros da enfermagem, quando o local estava superlotado e pacientes chegaram a aguardar atendimento no chão, porque não havia lugar para serem acomodados.
• Sem macas, pacientes aguardam atendimento no chão da Sala Vermelha no HGP 
A mesma equipe responsável por essa sala está cuidando da Sala Amarela, que é uma unidade de cuidados intermediários e não possuía médico de plantão quando foi feita a vistoria.
O relatório elaborado através de relatos da equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) diz que no HGP está havendo um surto de infecção por bactéria KPC. Segundo as informações, devido a falta de profissionais e espaço físico, não estava sendo possível fazer o corte do surto.
No relatório não há informações sobre desde quando está havendo esse surto, quantos pacientes foram infectados pela bactéria e se outras pessoas (acompanhantes ou funcionários) foram afetadas.
Segundo o vice-presidente do CRM, o Dr. Hélio Hermenegildo Marques Maués, um diretor técnico do hospital poderia repassar ao certo essas informações, mas como no momento não há ninguém respondendo pelo cargo no HGP, o CRM está trabalhando com informações repassadas pelos médicos de plantão.
Sem medicamentos, materiais, espaço e dignidade
No relatório apresentado pelo CRM consta uma lista de dezenas de medicamentos que estão em falta na farmácia do hospital. Além disso, o documento aponta que o almoxarifado da farmácia não se encontra nos padrões exigidos pelas autoridades sanitárias e não possui aeração adequada.
Os equipamentos necessários para atendimento na UTI foram considerados insuficientes para o atendimento dos pacientes. Os médicos relataram, ainda, que não há espaço físico adequado para os atendimentos médicos na Sala Vermelha.
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