A promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery realizou vistoria no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, nesta quarta-feira, 29, para averiguar uma denúncia sobre um suposto caso de negligência médica, em que o intestino de uma gestante teria sido perfurando durante uma cesariana. O caso teria ocorrido neste mês e atualmente a paciente está internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Palmas (HGP).
Conforme informações do Ministério Público Estadual, em reunião com o diretor-geral e a equipe do Hospital, Maria Roseli foi informada de que “o hospital não apura a ocorrência de falhas nos procedimentos médicos em casos dessa natureza. Apenas os casos de óbitos maternos e neonatais ocorridos no Dona Regina são automaticamente revistos internamente. O diretor-geral, inclusive, informou não ter conhecimento da referida situação de suposta negligência”.
Segundo a promotora, o marido da gestante, além de procurar o Ministério Público, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, para que seja apurada a ocorrência de crime de lesão corporal de natureza grave. Também registrou reclamação junto à Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), para que instaure sindicância administrativa, e junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM), para que apure se houve falha.
“Após consultar o prontuário da paciente, uma das coordenadoras do Dona Regina alegou que a paciente não sofreu perfuração no intestino. O que teria ocorrido seria a formação de cicatrizes internas em seu intestino depois dela haver se submetido a cirurgia cesariana. Com isso, a paciente teria se submetido a um segundo procedimento cirúrgico, ao que se seguiu um quadro de necrose da sua parede abdominal”, apontou o MPE.
Segundo caso
Durante a vistoria, a promotora de Justiça ficou sabendo de um segundo caso de suposta perfuração de intestino de gestante submetida a cesariana no Dona Regina, há 58 dias. Após a cesariana, a paciente teve alta hospitalar em 48 horas, mas foi internada novamente 15 dias depois, com quadro infeccioso, tendo sido tratada com antibióticos e, em seguida, recebido alta. Ainda segundo o MPE, dias depois, a paciente retornou em estado grave, tendo se submetido a uma segunda cirurgia.
Em nota enviada ao T1 Notícias, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que “já abriu processo de sindicância para apurar as duas situações”.
(Atualizada às 9h46 - Com informações da Ascom/MPE)
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