O quadro geral de saúde do estudante Tiago Meneses, de 5 anos, que se lesionou gravemente após queda na Escola Henrique Talone, teve uma sensível melhora, mas ainda é grave, segundo familiares. O acidente ocorrido no interior da instituição de ensino, no dia 20 de março, motivou ação de fiscalização do Ministério Público Estadual (MPE) sobre as condições de segurança nas escolas públicas e privadas de Palmas.
Segundo o pai do estudante, o microempresário Aladir Barbosa Murta, há dois dias foi reduzida a medicação e organismo de Tiago, que desde o acidente se encontra em coma induzido, teria respondido positivamente. “Ele abriu os olhos e mexeu com as pernas. Eu chamei seu nome e ele me olhou fixamente ”, disse. Ainda conforme Murta, na tarde desta quarta-feira, dia 10, o estudante, teria permanecido algumas horas respirando quase sem a ajuda de aparelhos.
O acidente motivou o Ministério Público Estadual (MPE) a instaurar procedimento preparatório, nesta terça, dia 9, que viabiliza a fiscalização das condições de segurança nas escolas públicas e privadas de Palmas. O procedimento preparatório foi instaurado em uma ação conjunta dos promotores de Justiça Miguel Batista de Siqueira Filho e Rodrigo Alves Barcellos. No documento, é requerido às secretarias de Educação do Estado e do Município a lista de todas as escolas públicas e privadas da Capital, com os respectivos endereços.
Para o pai de Tiago, Aladir Murta, a fiscalização nas escolas é extremamente importante, porque pode evitar acidentes como o que sofreu seu filho e que seja prestada assistência de uma forma rápida e adequada. “ As escolas precisam ter um plano de emergência. Quero que o caso do meu filho sirva de exemplo, para que isso volte a acontecer. Meu filho está sofrendo muito”, afirmou.
Para apoiar as ações de fiscalização também foi solicitado ao Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, órgão de assessoramento do próprio Ministério Público, que disponibilize uma equipe técnica para realizar as inspeções nas escolas, assim como representantes do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária.
Nas fiscalizações, serão observados aspectos relacionados à segurança das unidades educacionais: instalações físicas, hidráulicas e elétricas, planos de emergência, alvarás expedidos pelos órgãos fiscalizadores, salubridade e qualidade da alimentação. Também será verificado o cumprimento das normas de acessibilidade e a capacitação do pessoal das escolas quanto ao zelo pela segurança e integridade física dos alunos.
Na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Deca), a delegada Telma Regina, responsável pela investigação do acidente, já ouviu os depoimentos de, praticamente, todas as pessoas que tiveram os primeiros contatos com o estudante. Agora para concluir o inquérito está sendo aguardado o prontuário médico de Tiago, que somente pode ser enviado à delegacia com a alta da criança.
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