Se o imóvel da Igreja foi avaliado em R$ 1 milhão 960 mil reais pela CVI, do Creci em janeiro de 2010, referindo-se à área total de 4.902 metros quadrados, a metade da área praticamente dobrou de preço em dois anos.
Após desmembrado o lote original em dois, um deles foi vendido pela DM Construtora a Moizeniel de Lira Aguiar Cunha - irmão do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Palmas, Ivory de Lira - em outubro e por ele revendido em dezembro de 2012 por R$ 2 milhões e 200 mil reais, conforme registro em cartório, com ITBI no valor de R$ 44 mil.
Moizaniel e sua esposa adquiriram o imóvel da DM Construtora em outubro de 2012 e o revenderam em dezembro de 2012. A primeira transferência foi feita com o valor simbólico de R$ 293 mil, e ITBI de R$ 12.796,70. A segunda, por R$ 2 milhões e 200 mil.
Secovi diz que área vale 3 vezes mais
O presidente do Sindicato da Construção Civil, Fernando Rezende, informou ao Portal T1 Notícias que uma área comercial na antiga Arse 12, atual 104 Sul tem valor de mercado três vezes superior ao de uma área multifamiliar na antiga Arse 41, atual 403 Sul.
“Hoje, se achar para comprar um metro quadrado na antiga 12, o que o pessoal está pedindo é até R$ 2 mil reais o metro. Já um lote multifamiliar nesta outra área, da Arse 41, custa entre R$ 500 e R$ 600, 00 para vender. Agora se falar em permuta, o valor sobe”, explica Rezende, que é ex-vereador da capital.
Segundo o presidente do Secovi, a Planta de Valores Genéricos da Capital representa 30% do valor real dos imóveis hoje na capital. “Mas existe uma outra planilha aprovada pela Câmara, que é em cima da qual o ITBI é cobrado. Esta é 30% abaixo ainda do valor de mercado”, explica.
Luciano explica negócio
Diretor da DM Construtora, o empresário Luciano Rosa, disse ao Portal T1 Notícias por telefone que a troca das áreas foi vantajosa para os dois lados. “A Igreja ganhou por que nós demos uma área de 6.500 de frente para uma Área Pública Municipal de mais 3 mil metros, que eles vão poder usar para estacionamento. Então, foi vantajoso para todo mundo”, argumentou.Segundo o empresário, não houve devolução de dinheiro à Convenção Madureira na troca dos dois lotes.
Luciano explica que após a desafetação da área na região comercial central do Plano Diretor, ela foi desmembrada em dois lotes de igual tamanho. “Um deles nós vendemos pelo preço de mercado”, finalizou.
Leia também:
Convenção Regional Madureira permutou área no centro há três anos e ainda não construiu
Comentários (0)