O assessor de Políticas sobre Drogas da Prefeitura de Palmas, Ricardo Ribeirinha, foi exonerado nesta quarta-feira, 26. Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta quinta-feira, 27, o ex-assessor lamentou que “mesmo com o esforço em todos os projetos que apresentamos que estão aqui e tenho como provar, o prefeito não deu a importância merecida para as ações”.
Dentre os projetos que foram apresentados e segundo Ribeirinha não tiveram andamento, está o “Programa Crack, é Possível Vencer”. Segundo o ex-assessor, o prefeito Carlos Amastha assinou um termo de compromisso para destinar R$600 mil para o programa, mas o mesmo "nunca teve um real”, declarou.
De acordo com o ex-assessor, o prefeito se comprometeu a fazer a Casa Acolhida, o Consultório de Rua, Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil e o Centro de Referência para população em situação de rua, “que é uma contrapartida do município na rede de políticas contra as drogas. O Estado fez a parte dele, colocou as câmeras de monitoramento, entregou carros e nenhuma casa foi construída da parte do município”.
Segundo Ribeiro atualmente “temos 23 quadras poliesportivas abandonadas na capital. A escola da 112, e as praças da 112 e da 122 servem de motel. São locais mapeados pela Polícia nos quais existe tráfico de drogas. A gente precisa levar a política antidrogas a estes locais. Além disso projetamos o aumento do efetivo da guarda metropolitana para o Guardião Escolar. Mas ao invés de aumentarem fizeram foi acabar com o projeto. Pedi que dobrasse o número de guardas metropolitanos para que cada uma das 44 escolas municipais tivesse um guarda, só que não existe mais Guardião Escolar”, lamentou Ribeirinha.
Exoneração
O ex-assessor declarou que foi comunicado da exoneração após ter tentado buscar recursos na Câmara de Palmas para os projetos. “Eles receberam isso como uma afronta, mas o que eu vou fazer? Sem recursos não se faz nada”, argumentou.
Segundo ele para desenvolver todos os projetos apresentados no corrente ano, a gestão destinou apenas R$ 20 mil para promover ações continuadas de prevenção ao uso de drogas, desenvolver pesquisas de mapeando do consumo de drogas, publicar cartilha de prevenção, realizar congressos de políticas públicas em Palmas, realizar quatro eventos pela paz e ainda realizar 44 ações de prevenção nas escolas.
Para o ex-assessor, “infelizmente a política contra as drogas não é prioridade na gestão”. Ele lamentou não ter executado parte dos projetos por causa da falta de recursos, mas agradeceu ao prefeito a oportunidade em participar da gestão. “A gestão do Amastha é técnica e por isso me apeguei em fazer os projetos. O que a gestão precisa entender é que a droga é a causa de mais de 90% da criminalidade. Precisamos de políticas para prevenir e combater as drogas” ressaltou.
O ex-assessor declarou ainda que vai continuar com os projetos. “Agora vou poder ir aonde for necessário para cobrar do poder público, que é responsabilidade deles, políticas públicas contra as drogas”, finalizou.
O T1 Notícias aguarda uma nota da Prefeitura de Palmas informando o motivo da exoneração de Ricardo Ribeirinha.
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