Mesmo sendo aliado do Governo, Ronaldo Dimas, prefeito de Araguaína, não está dando conta de arcar com os compromissos da Prefeitura sem receber o repasse que deveria estar sendo feito pelo Governo do Estado. Em entrevista ao Portal T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, 28, Dimas confirmou que ingressou com uma ação contra o Governo cobrando o repasse de cerca de R$2,9 milhões para a Saúde, que não chegaram à Prefeitura.
O prefeito também adiantou, em primeira mão, que na próxima semana estará ingressando com uma nova ação contra o Governo do Estado cobrando o repasse de cerca de R$1,6 milhão para a Educação.
Sobre a Saúde, o prefeito disse que a ação foi protocolada anteontem com pedido de liminar e está à espera da decisão do juiz. “Esses repasses são obrigatórios e a gente precisa deles. Essa foi a primeira ação, a gente deve entrar contra a Educação na próxima semana da mesma forma”, contou.
Ronaldo Dimas justificou a medida sob o argumento das contas vencidas e os compromissos assumidos pelo Governo, que não estão sendo cumpridos e fazem com a que a Prefeitura também deixe a desejar. “É claro que isso faz com que alguns compromissos não sejam cumpridos”, disse e completou: “vamos cobrar de quem está devendo, não podemos entrar o próximo Governo nessa situação”.
Um exemplo mais prático está na Educação, segundo o prefeito. “Mais da metade dos alunos do transporte escolar, a maior parte, é da escola estadual. O Governo deve passar pouco mais de R$ 2 milhões por ano. O transporte como um todo me custa R$ 6 milhões anuais e eu deveria receber R$2 mi. E ai eu não recebo da Educação, que tem a maioria dos alunos. Eu estou pensando seriamente em não renovar esse transporte de alunos. Como é que eu vou manter o Estado?”, pontuou.
O prefeito disse que entende as dificuldades do Governo do Estado e que inúmeras vezes tentou negociar sobre os recursos, mas não conseguiu. Ele reitera entender que o Governo Federal, Estadual e Municipal, vem passando por dificuldades, mas que não há como a Prefeitura arcar com as responsabilidades do Estado.
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