Sindjor oficia MPE e pede providências sobre agressões a jornalistas do T1

O Sindicato dos Jornalistas reagiu às recentes agressões sofridas pelos jornalistas Roberta Tum e Eduardo Lobo, na Assembléia Legislativa e oficiou ao Ministério Público e Fenaj pedindo providências

Junior Veras, Sindjor
Descrição: Junior Veras, Sindjor Crédito: Arquivo

 

O presidente do sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins, Júnior Veras, oficiou na manhã deste dia 18, ao Ministério Público, na pessoa da Procuradora de Justiça, Vera Nilva, pedindo providências na defesa do livre exercício da profissão, contra ataques a jornalistas.

 

O Sindicato cita as recentes agressões verbais feitas ao jornalista Eduardo Lobo, e à Editora do Portal T1 Notícias por parte dos deputados estaduais Wanderlei Barbosa e Stálin Bucar e pede providências.

 

Ofício à Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas também foi encaminhado nesta data, denunciando a situação e a preocupação do sindicato com a tentativa de intimidação.

 

Leia o ofício do Sindjor na íntegra:

 

Senhora Procuradora,

 

Em decorrência dos constantes ataques que profissionais jornalistas tocantinenses vêm sofrendo nos últimos dias, por parte de alguns deputados estaduais, a exemplo do recente episódio envolvendo a jornalista Roberta Tum e seu site de notícia, verbalmente agredida pelos deputados Vanderlei Barbosa e Stalin Bucar, numa desesperada tentativa de intimidar o trabalho da imprensa, o Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins – Sindjor/TO vem expor e solicitar providências:

- Em que pese o estado de direito que o povo brasileiro conquistou com a democratização do país, o Sindjor assiste, preocupado, o aumento do número de ameaças contra a profissão e o jornalismo.

- No Tocantins as agressões verbais por parte de parlamentares vêm sendo a principal forma de intimidação de jornalistas, revelando a dificuldade que ainda existe no parlamento tocantinense em conviver com a liberdade de informação, a crítica e o debate democrático respeitoso.

- O Estado não pode ficar inerte diante deste cenário de crescente ameaça contra os profissionais de Jornalismo no Tocantins.  O Sindicato dos Jornalistas do Tocantins e a sociedade cobram do governo estadual, do Poder Legislativo do Estado e do Judiciário rápidas e eficientes medidas para que a política do terror e do medo não sobrepujem a esperança de um futuro melhor para o Estado.

- As agressões às liberdades de expressão e de imprensa atentam contra o direito da sociedade à informação. Ademais, semeiam a insegurança, o medo e o sentimento de que a transgressão às liberdades democráticas faz do Tocantins uma terra sem lei.

- Para cumprir seu papel social, os jornalistas precisam contar com um ambiente de real liberdade de expressão e de democracia nas comunicações.

Atenciosamente,

Júnior Veras

Presidente

 

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