Em projeto polêmico, Folha requer estudos para implantar rodízio de veículos

O vereador disse que o número da frota de veículos já atinge quase um carro por habitante, em Palmas, e rodízio de veículos reduziria tráfego

Folha quer estudo de rodízio de veículos em Palmas
Descrição: Folha quer estudo de rodízio de veículos em Palmas Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O vereador José do Lago Folha Filho (PTN) apresentou na sessão desta terça-feira, 31, um requerimento à Câmara de Palmas, solicitando ao Poder Executivo a viabilização de um estudo que possibilite o rodízio de veículos na Capital. Ao T1 Notícias o vereador disse que a justificativa do “Programa de Restrição a Veículos Automotores do Município de Palmas” é o alto número de veículos na frota do munícipio, além da frota flutuante. “Temos hoje uma frota cadastrada no IPVA de 150 mil veículos e temos 30% de frota flutuante, que não são emplacados em Palmas, mas transitam aqui, ou seja, temos em torno de 260 mil carros com uma população de 265 mil habitantes”, argumentou.

 

O vereador apontou que há em torno de um carro por habitante em Palmas e declarou que “no horário de pico, já está praticamente intransitável. Só temos duas NS’s e a TO para desafogar a Theotônio”. Outra justificativa é o alto número de acidentes na capital durante o horário de pico. Segundo ele, a medida deve dinamizar o trânsito e diminuir o estresse das pessoas.

 

“Não quero obrigar as pessoas a andarem no transporte coletivo, que hoje é de qualidade, mas nós precisamos fazer isso porque a cidade não comporta. A malha viária do município de Palmas não é suficiente”, disse ele.

 

O rodízio proposto não deve atingir veículos de serviços essenciais: ambulâncias, viaturas, transporte coletivo, motociclistas, táxis, guinchos.

 

Rota flutuante

O vereador apresentou, ainda, outro requerimento polêmico. O segundo é relacionado a veículos não emplacados no município de Palmas que, segundo ele, representam 30% da frota. “Temos muitos carros que transitam aqui, mas que pagam imposto em outros lugares, até grandes empresas, como a Coca-cola, que deve ter aqui 150 carros, mas que paga imposto em Goiás. Não podemos obrigar ninguém a emplacar veículos aqui, mas precisamos fazer algo”, disse ele, que explicou ainda que o requerimento é pela viabilidade de um estudo para implantação de um imposto sobre os veículos da frota flutuante, ou outra solução para a situação.

 

Os vereadores presentes na sessão concordaram com o estudo. O vereador Joel Borges (PMDB) foi de acordo. Lúcio Campelo (PR)  não se colocou contra, mas argumentou: “De fato, temos esse problema, se abrisse por exemplo, a NS que fica ao lado do Cezamar, facilitaria. Temos que fazer um estudo sim. Agora, o prefeito aluga uma frota de Palmas com placa de Catalão. Então eles tomam nosso dinheiro, usam nossas estradas e ainda não pagam nada”.

Milton Neris (PR) disse ser a favor do estudo, mas pontuou que os vereadores podem estar se precipitando e que Palmas não tem engarrafamento. “Hoje o sistema de transporte da cidade não produz os resultados que a cidade precisa. Não existe nessa cidade engarrafamento nas nossas vidas, a não ser em raras exceções, mas longe disso ser engarrafamento. Talvez estejamos nos precipitando, o que talvez precisemos é a conclusão das NS’s, temos gargalos de infraestrutura. Não vejo rodízio como opção, esta é a visão que eu tenho. É uma situação que temos que estudar”.

 

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