O suplente da deputada Solange Duailibe (PT), petista Ivan Vaqueiro, rebateu as acusações da parlamentar e disse que ela manchou o nome do partido se envolvendo com a Construtora Delta no caso Carlinhos Cachoeira. “Não manchei o nome do PT e de todo o Tocantins me envolvendo com a Construtora Delta, que segundo se viu na imprensa, tem ligações com Carlinhos Cachoeira, cujo dinheiro obtido com transações com Prefeitura de Palmas, foi parar na conta de uma humilde funcionária de seu gabinete e ficou exposta à vergonha em nível nacional e que, na minha opinião, nunca viu a cor de um centavo sequer desse dinheiro”, disse Vaqueiro através de nota.
Nesta terça-feira, a deputada petista criticou, em entrevista exclusiva ao T1 Notícias, o suplente por ter entrado com ação que pode resultar na perda do mandato dela e disse que Vaqueiro demonstrou ganância, imaturidade, deslealdade e o acusou de querer ser deputado a qualquer custo.
Vaqueiro lamentou as declarações de Solange que classificou de ataque desnecessário e frisou que em nenhum momento fez ataques pessoais à deputada, “ainda mais em público”. E frisou também não ter entrado com a ação por ganância alegando que se esse fosse o motivo, teria que entrar com duas ações, já que a deputada Amália Santana também teve a suas contas rejeitadas.
Em sua nota, o suplente apontou que sua ação contra a deputada Solange foi para colaborar com o Ministério Público Eleitoral porque o PT também buscava para a legenda o mandato de Solange por infidelidade partidária. Mas em outro ponto se contradiz informando que a sua ação não era pessoal, mas uma forma de honrar os votos confiados a ele e ao trabalho do partido.
“O PT de Paraíso e meus eleitores não me perdoariam se permitisse que um mandato tão importante ficasse nas mãos de uma pessoa que não demonstrou nenhum respeito pelo direcionamento e interesse da legenda. Legenda esta que ela diz não precisar para ser eleita. Mas, na contramão, foi até Brasília pedir para ficar no partido porque já não tinha o apoio da maioria do PT do Tocantins”, afirmou Vaqueiro.
Vaqueiro acusou também a deputada de ter deixado o PT “na mão” nas eleições 2010 e ter subido no palanque de candidatos adversários. Para o suplente Solange teria atrapalhado o partido e uma de suas melhores chances de chegar ao comando do Estado.
Sobre a prestação de contas das eleições, Vaqueiro disse ter feito conforme a lei. Ele acusou Solange de “tentar maquiar” a prestação de campanha com documentação comprovadamente falsa. E disse que conforme a investigação do Ministério Público Eleitoral o intuito da deputada era de ludibriar a Justiça.
Siqueira
Vaqueiro acusou ainda a deputada de ter ficado muda de repente nas suas críticas ao Governo Siqueira Campos para obter benefícios que segundo ele nunca serão atendidos pela administração estadual. “Digo isso porque a deputada chegou ao absurdo de apresentar recentemente expediente solicitando benefícios para a capital, que ela poderia ter talvez conseguido durante a gestão de seu marido à frente da administração municipal”, afirmou Vaqueiro.
Justiça
Ao final de sua nota, Vaqueiro afirma querer uma justiça célere e que a sensação de o julgamento está sendo adiado seja apenas uma impressão. “E a decisão, seja ela qual for, acredito será no sentido do cumprimento da lei”, arrematou.
Veja a íntegra da nota de Ivan Vaqueiro:
O suplente de deputado estadual do PT, Ivan Vaqueiro, lamenta o ataque desnecessário à sua pessoa que partiu da deputada estadual, também do PT, Solange Duailibe, através de declarações à imprensa, sobre a sua iniciativa de também impetrar ação pela cassação de seu mandato. Sobre o fato pontua:
- Em nenhum momento fiz ataque pessoal à deputada, ainda mais em púbico. Não entrei com a ação por ganância e se esse fosse o motivo, teria que entrar com duas ações, já que a deputada Amália Santana também teve a suas contas rejeitadas.
- A ação foi para colaborar com o Ministério Público porque o PT também buscava para legenda o mandato de Solange por infidelidade partidária.
- O PT de Paraíso e meus eleitores não me perdoariam se permitisse que um mandato tão importante ficasse nas mãos de uma pessoa que não demonstrou nenhum respeito pelo direcionamento e interesse da legenda. Legenda esta que ela diz não precisar para ser eleita. Mas, na contramão, foi até Brasília pedir para ficar no partido porque já não tinha o apoio de esmagante maioria do PT do Tocantins.
- Não deixei na mão o partido nas eleições de 2010, subindo no palanque de candidatos adversários, atrapalhando o PT em uma de suas melhores chances de chegar ao comando do Estado.
- Não manchei o nome do PT e de todo o Tocantins me envolvendo com a Construtora Delta, que segundo se viu na imprensa, tem ligações com Carlinhos Cachoeira, cujo dinheiro obtido com transações com Prefeitura de Palmas, foi parar na conta de uma humilde funcionária de seu gabinete e ficou exposta à vergonha a nível nacional e que, na minha opinião, nunca viu a cor de um centavo sequer desse dinheiro.
- Prestei conta de meus gastos de campanha ao invés de tentar maquiar, com documentação comprovadamente falso no intuito de ludibriar a Justiça, conforme investigação do Ministério Público Eleitoral.
- Não sou eu que até bem pouco tempo liderava as críticas ao governo Siqueira Campos e de repente ficou mudo, tentando buscar, com apresentação de requerimentos, todo o tipo de benefícios que sabidamente nunca serão atendidos, dada às dificuldades que próprio governo diz estar passando para a manutenção de serviços básicos. Passando pelos seus três mandatos de deputada e primeira-dama, nunca realizou. Digo isso porque a deputada chegou ao absurdo de apresentar recentemente expediente solicitando benefícios para a capital, que ela poderia ter talvez conseguido durante a gestão de seu marido à frente da administração municipal.
- Por fim, reforço que esta ação não é algo pessoal, mas uma forma de buscar honrar os votos confiados a mim e o trabalho do PT de Paraíso e região, primordiais para chegar onde chegamos;
- Queremos justiça célere e que essa sensação de que o julgamento está sendo procrastinado seja apenas uma impressão. E a decisão, seja ela qual for, acredito será no sentido do cumprimento da lei.
Comentários (0)