Campelo avalia gestão Amastha e fala sobre polêmicas: base pode ser futuro

O vereador de Palmas, Lucio Campelo, fez uma avaliação da gestão do prefeito de Palmas, Carlos Amastha e declarou que existe possibilidade de aderir a base do prefeito: "diferenças são ideológicas"...

Campelo avalia 2013 e fala sobre futuro político
Descrição: Campelo avalia 2013 e fala sobre futuro político Crédito: T1 Notícias

O vereador de Palmas Lucio Campelo (PR) fez uma avaliação das ações do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), e do legislativo como um todo, em entrevista ao T1 Notícias na tarde desta terça-feira, 14. As matérias mais polêmicas do ano de 2013, como a aprovação do novo Código Tributário e a Planta de Valores Genéricos, além das expectativas políticas para 2014 com o novo orçamento, foram assuntos discutidos.

“Entendo que a experiência do prefeito, mesmo não sendo política, contribuiu muito para a quebra de alguns paradigmas na nossa cidade”, disse Lucio ao avaliar a gestão do prefeito. Para ele, Amastha errou em não aproveitar mais profissionais com o conhecimento de Palmas, trazendo mais pessoas de fora, mesmo assim considera que “o primeiro ano foi de aprendizado. Não cumpriu as promessas de campanha, mas esperamos que essas promessas sejam superadas”. Para ele a prioridade da gestão municipal em 2013 foi com o serviço público de limpeza da capital. “Houve melhorias, avanços que de fato a gestão anterior deixou a desejar”.

 

Assuntos polêmicos

Um dos assuntos mais polêmicos e mais discutidos entre os vereadores na Câmara de Palmas foi a contratação da empresa Terra Clean. “Com a Terra Clean o que percebi é que não houve planejamento necessário para realizar a transferência da coleta de lixo da empresa anterior para a nova, o que causou transtorno”, disse.

Campelo acredita que “não houve má fé da Prefeitura no caso da contratação, mas a falta de experiência e de conhecimento ao ter deixado passar erros como a exigência do atestado de capacidade técnica da empresa”. 

Outro ponto criticado pelo vereador no caso da contratação da Terra Clean, diz respeito ao novo contrato emergencial com a empresa: “tiveram um ano para elaborar um processo de licitação e não o fizeram. Houve muitos contratos na ata de registro de preços, contratos que pegaram carona. Geralmente essas atas de outros locais prejudicam o comércio local e tudo isso provocou desgaste político dentro da gestão”.

Lucio Campelo, que votou a favor da aprovação no Novo Código Tributário de Palmas, justificou sua posição afirmando que discutiu “taxa por taxa” e defendeu que “Palmas precisava passar por essa reformulação”. Para o vereador a aprovação do Novo Código foi “um grande avanço para a cidade e o prefeito Amastha, mesmo sabendo que isso geraria um desgaste político, teve coragem e enfrentou esse desgaste”.

Para ele, sua imagem não ficou desgastada com sua decisão de votar favorável a uma matéria do executivo que teve os votos contrários de todos os outros vereadores da oposição. “Eu participei das discussões, pontuei taxa por taxa e conseguimos fazer uma redução. Tenho certeza que ajudei muito a gestão Amastha e a cidade de Palmas. Eu penso em trabalhar com decisões que contribuam para a cidade”.

Na época o vereador já havia declarado que votaria contra a Nova Planta de Valores Genéricos: “votei contrário pela forma com que a Prefeitura fez os cálculos e os estudos técnicos. Eu nunca recebi uma visita técnica para avaliarem o meu imóvel e eu, como representante do povo, não tinha porquê votar favorável já que nenhum outro imóvel de Palmas foi vistoriado”, justificou.

Outro ponto que contribuiu para que o vereador se posicionasse contra essa matéria foi o tempo. “Não deu tempo de fato nem de discutir a planta” e completou: “a gente espera que nesse ano de 2014 a Prefeitura consiga fazer esses estudos [técnicos] pontualmente de residência em residência”. Para Campelo a forma escolhida pelo prefeito para melhorar a arrecadação não foi a melhor, pois pode aumentar a inadimplência.

“Para aumentar a receita da cidade, a gestão precisa reduzir o custo da manutenção administrativa e procurar alternativas para reduzir a inadimplência dos impostos”, defendeu o parlamentar.

 

Política

Questionado se existe possibilidade de se aproximar da gestão, Lucio Campelo revelou que "existe possibilidade de conversa, desde que seja a bem da sociedade. Nunca fui intransigente e o homem público não pode se negar a dialogar, até porque não tenho nada pessoal contra o prefeito. As divergências são ideológicas, passíveis de acordo". 

O parlamentar acredita que seus questionamentos na Câmara de Palmas fazem com que o prefeito e seus secretários revejam as ações do executivo para a sociedade. “E mesmo se amanhã viesse a ser base do prefeito, não seria como um peixe com um anzol na boca. Eu criticaria da mesma forma que faço hoje: não critico o prefeito, mas defendo o interesse do cidadão”.

 

Câmara de Palmas

Para Campelo a Câmara tem demostrado uma grande maturidade, apesar de renovada. “O parlamento de fato tem dado uma grande contribuição para a cidade. A Câmara vem cumprindo seu papel”.

 

Em 2014

Para o ano corrente, o vereador avalia que o legislativo terá mais responsabilidade, principalmente porque o prefeito de Palmas deverá estar em contato sempre que precisar remanejar orçamento com a aprovação da nova LOA. “O prefeito só terá 10% de remanejamento, então com a responsabilidade da Câmara na liberação de recursos e fiscalização cria-se um equilíbrio de força maior”, disse.

Para o parlamentar o orçamento de 2014 ficou “muito pulverizado, não dá para diagnosticar prioridades. Esperamos e acreditamos que ele [Amastha] encontre uma forma de priorizar algumas áreas que atendam aos interesses da população, até porque os recursos não darão para atender a todos ”, finalizou.

 

 

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