Decreto da autoria de Olyntho pede suspensão dos efeitos de portaria do Detran

Decreto legislativo da autoria de Olyntho Neto pede suspensão de portaria do Detran que estabelece novas modalidades de vistorias em veículos. Proposta foi apresentada no plenário nesta quinta, 3

Deputado Olyntho Neto
Descrição: Deputado Olyntho Neto Crédito: Ises Oliveira

O plenário aprovou na manhã desta quinta-feira, 3, a urgência de um projeto de decreto legislativo que susta os efeitos de uma portaria do Detran. Nela, o órgão estabelece novas modalidades para a realização de vistorias em veículos. As medidas mais contestadas pelos deputados são as que tornam o procedimento obrigatório para automóveis zero quilômetro e para os veículos com mais de dez anos de uso, anualmente. O decreto de autoria do deputado Olyntho Neto (PSDB) foi assinado pela maioria dos parlamentares, mas ainda precisa ser votado na Ordem do Dia, o que deve ocorrer nas próximas sessões.

A portaria do Detran nº 143, de 16 de março de 2015, segundo Olyntho, estabeleceu medidas não previstas pela União, que é o Poder competente para legislar sobre o trânsito conforme a Constituição Federal. O parlamentar afirmou que centenas de veículos estão sendo transferidos para outros estados em razão das novas medidas. “Além das inconstitucionalidades, a portaria penaliza a população que já sofre com o alto custo de vida em um momento de dificuldades em todo País”, comentou o deputado.

A inconstitucionalidade da portaria já foi apontada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pelo Ministério Público de Contas (MPC) em recurso ingressado nessa quarta-feira, 2, no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os órgãos de defesa pedem ainda a suspensão de dois contratos firmados pelo Detran, sem licitação, em 2015, por meio dos quais as vistorias foram autorizadas.

Outra medida do Detran contestada pelos parlamentares é a exigência de vistoria a cada biênio para veículos com mais de três anos de uso. O proprietário também está obrigado a realizar nova vistoria na emissão da segunda via do Certificado de Registro do Veículo (CRV). Para os parlamentares, a decisão do Detran foi implantada de forma indevida.

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