Deputados analisam relatório do Pisa nesta quarta: Dorinha acompanha debate

A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM/TO) participa da audiência pública sobre o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, da sigla em inglês), desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)....

A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) promove hoje audiência pública sobre o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, da sigla em inglês), desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM/TO) participa da audiência onde levantará questionamentos sobre o assunto. “O Pisa é um exame internacional. Já crescemos, mas ainda não alcançamos índices desejáveis. Queremos saber quais as diferenças entre os sistemas educacionais de países desenvolvidos e a forma como essas nações tratam o exame”, salientou. Foi iniciativa da deputada tocantinense o convite a socióloga Maria Helena Castro e do professor Reinaldo Fernandes, ambos ex-presidentes do Inep e especialistas em avaliação e educação comparada.

“O Brasil está em 53º lugar entre os 65 países participantes do Pisa. Temos que melhorar os índices das nossas escolas públicas, porém os resultados das escolas privadas brasileiras também são baixos. Nosso problema não está somente na qualidade da educação na rede pública”, disse Dorinha.

O Pisa faz a avaliação de estudantes de 15 anos, fase em que, na maioria dos países, os jovens terminaram ou estão terminando a escolaridade mínima obrigatória. As avaliações envolvem capacidade de leitura e conhecimentos de matemática e ciências. Iniciado em 2000, o objetivo do programa é produzir indicadores de desempenho estudantil voltados destinados a embasar a definição de políticas educacionais. Nas últimas avaliações, os estudantes brasileiros obtiveram notas baixas.

Pior do que se pensa

Quando se fala do mau desempenho brasileiro do Pisa, costuma-se mencionar a quantidade de alunos nos níveis mais baixos de proficiência. Na prova de leitura, quase metade tirou no máximo nota 2. É muita gente, mas a situação verdadeira é ainda pior: falta considerar quem está fora da escola ou em situação de atraso escolar (pelos critérios da OCDE, alunos de 15 anos que nem mesmo chegaram à 7ª série). No caso brasileiro, esse grupo corresponde a 19,4% da população na faixa etária avaliada - índice alto em relação aos países líderes do ranking (veja o gráfico abaixo). A soma do contingente fora da escola com o de baixa proficiência dá 59,4%. Ou seja: seis em cada dez jovens de 15 anos ou não reúne condições para fazer a prova ou não é capaz de compreender textos relativamente simples.

* População de 15 anos não matriculada ou cursando pelo menos a 7ª série. (Da assessoria)

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