Nesta manhã o Deputado Federal César Halum (PPS-TO), subiu pela segunda vez a tribuna do plenário da Câmara, para discursar no grande expediente da sessão ordinária. Em seu pronunciamento, Halum pontuou grandes temas que abriram discussões e debates nos bastidores da Casa. Dentre as colocações estavam à autorização para remédios genéricos veterinários, reforma política, a devolução da prerrogativa de criar municípios para as Assembléias estaduais e a unificação das eleições.
Veterinário e com forte ligação com o setor rural, Halum também se diz apoiador da reforma política, especialmente do financiamento público de campanhas e das listas partidárias fechadas. “Nos demais pontos da reforma política, sou favorável ao voto distrital misto e à lista fechada. Sabem por quê? Porque só três países não têm lista fechada. E um deles é o Brasil. Será que todo o mundo está errado, e só nós estamos certos? Se a justificativa de não se aprovar, é que estaríamos beneficiando os ‘caciques partidários’, então derrubem os caciques! Não estamos nessa fase? Já derrubaram lá no Egito, vão derrubar na Líbia. Acabou esse tempo. Precisamos assumir nosso papel”, asseverou Halum. Em 2009 o parlamentar ainda como Deputado Estadual fez uma campanha em prol da unificação das eleições onde coletou cerca de 30 mil assinaturas no estado do Tocantins. De acordo com Halum, eleições de dois em dois anos são um prejuízo para os cofres públicos e para os políticos que de certa forma se envolvem nas campanhas municipais, “no ano de 2008, o TSE gastou, para fazer as eleições municipais, 704 milhões de reais. Esse não foi dinheiro gasto por candidato em campanha política, não, foi para fazer as eleições. Com esse dinheiro dava para construir 70 mil unidades habitacionais populares, 3.520 quadras poliesportivas, 2.580 postos de saúde. E eles foram gastos para fazer uma eleição”, defendeu Halum na tribuna.
Outro ponto importante do pronunciamento de César Halum (PPS-TO) foi sua declaração quanto à posição de seu partido no governo, pois apesar de participar de uma bancada que não faz parte da base de apoio ao governo Dilma, Halum quer negociar uma aproximação com o Palácio do Planalto. “Alguns dizem que o meu partido é de oposição. Não sei se é. Pelo menos, dentro da nossa pequena bancada — temos 12 Deputados —, normalmente, a posição é de independência. Temos votado matérias a favor o Governo e contra o Governo, de acordo com a análise que fazemos do interesse do povo brasileiro. Só acho que a Câmara precisa votar mais os projetos de autoria dos parlamentares. Quando chega um projeto do Judiciário ou do Executivo, todos se apressam em votá-lo, para agradar. Até agora neste mandato só votamos matérias do executivo. Quando o projeto é de iniciativa de Parlamentar desta Casa, ele fica aqui 10 anos, 12 anos, vai para o arquivo. Não se vota. Temos de valorizar nossos colegas de Casa. Precisamos otimizar nossas atribuições para dar respaldo e satisfação para a sociedade”, declarou Halum. Concluindo seu discurso no grande expediente, Halum falou de sua paixão pela política. “Sou um apaixonado pela política. Faço política com paixão. Quando me chamam de ladrão pela rua, não ligo, porque sei qual é a minha postura. E as pessoas conhecem o meu passado. Se pudesse ter a minha carteira de trabalho assinada com a profissão de político, eu queria, porque não tenho vergonha do que faço. Eu vim a esta Casa para defender a classe política, a moralização na política, a eficiência e dar resposta à sociedade. Eu vim a fim de contribuir, e quero ter essa oportunidade”, disse César Halum.
Ao fim do pronunciamento que durou cerca de 30 minutos, o presidente da sessão Dep. Edson Silva (PSB-CE), parabenizou César Halum por suas palavras e afirmou que suas idéias, sugestões e projetos serão analisados em plenário, “Deputado César Halum, a Presidência congratula V.Exa. pela grandeza de seu pronunciamento. Os três temas abordados por V.Exa. não devem parar neste pronunciamento; devem continuar sendo discutidos, com o plenário cheio. Deve-se dar atenção à sua voz. Nós temos de resgatar a força da palavra, temos de resgatar o pronunciamento. Esta Casa é o Parlamento, lugar de se falar. E assim como V.Exa. falou, deve continuar falando”, concluiu o presidente. (Da Assessoria)
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