O vereador Lúcio Campelo (PR) visitou na manhã deste sábado, 17, o Condomínio Vila do Sol, no Jardim Aureny III, Região Sul de Palmas. Construído para abrigar um programa habitacional social para famílias com renda de zero a três salários mínimos o local possui 200 apartamentos. Durante a visita o vereador constatou problemas estruturais e na organização social do projeto.
Lúcio Campelo junto com o líder comunitário, Elias Carvalho, constatou que no local há rachaduras e infiltrações em diversos locais, além de vazamentos e a falta de extintores.Previsto no projeto habitacional, entregue em 2007, os moradores também cobrama concretagem das áreas comuns, construção da área de lazer com playground,jardim e paisagismo. “O governo municipal acha que já cumpriu a parte dele aqui, eu acho que não”, disse o vereador.
Outro ponto questionado por Campelo durante a visita às famílias do condomínio foram os critérios de acessibilidade adotados na distribuição dos apartamentos. Um exemplo mencionado foi a situação do senhor Francisco Pereira da Costa, de 66 anos, e de sua esposa, com 63 anos, que moram no segundo andar e tem que subir várias vez expor dias as escadas do prédio. “Este senhor além da idade é deficiente, com problemas no braço, ele corre risco tendo que subir essas escadas diariamente. A questão da acessibilidade e da segurança destas pessoas não foi verificada”, destacou.
Programa não tem cumprido sua função social
Campelo ressaltou que o programa habitacional além de seus problemas estruturais não tem cumprido sua função social e não há um projeto de pós-ocupação. Para o vereador a questão não é apenas doar a moradia, é necessário dar amparo e condições de sustentabilidade ao programa habitacional. “Estes apartamentos são para famílias de até quatro pessoas, hoje tem famílias com mais de sete pessoas vivendo aqui. O próprio governo está furando o programa social”, destaca.
Segundo o parlamentar republicano não há estudos sociais, focados na realidade de cada região. “Tem famílias menores morando em casas, que são destinadas a famílias maiores e tema possibilidade de serem ampliadas e famílias com sete pessoas morando nestes apartamentos que só cabem quatro. Que estudo social é este”, questiona.
Outro ponto que o vereador questiona é a construção de garagens coletivas no condomínio. Segundo os moradores, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação não libera a obra.“O morador que ganha um apartamento desse deixa de pagar o aluguel e pode juntar suas economias para comprar um meio de transporte, ele não pode ter uma garagem? Quer dizer que eles estão fadados a um estado de pobreza”, argumenta Campelo. (Ascom)
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