Na semana passada o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, não descartou um aumento no preço da gasolina caso o preço do petróleo se mantenha alto. Se ele ficar nesse nível que ele está hoje, estável nesse nível, você vai ter que alterar porque nós estávamos trabalhando com US$ 65, US$ 85 dólares [por barril]", disse.
Para o deputado federal César Halum é preciso parar com o discurso do Brasil em ser auto-suficiente em petróleo e agir o mais breve possível para barrar o elevado custo nos preços dos combustíveis, principalmente no Tocantins. Na semana passada o parlamentar fez algumas menções em seu twitter sobre o alto preço dos combustíveis, onde citou o preço de Brasília-DF (R$ 2,98) e Dianópolis-TO (R$ 3,14).
“O que explica o Brasil ter uma das gasolinas mais caras do mundo? Nos Estados Unidos, por exemplo, o consumidor paga em média o equivalente a R$ 1,34, metade do que desembolsa o brasileiro por um litro do combustível. E lá se ganha muito mais do que aqui”, afirmou o deputado.
No Tocantins, somente este ano já houve mais de três aumentos no preço do combustível. Segundo César Halum, que também é vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, o aumento do preço da gasolina não afeta apenas os proprietários de veículos, mas reflete na economia de todo o estado, pois com o aumento dos combustíveis outros produtos também sofrem acrescimento.
“O preço da gasolina não afeta apenas quem abastece seu carro. Praticamente qualquer empresa utiliza veículos automotores, e naturalmente o custo do gasto com combustível é repassado para o preço dos produtos e serviços. Uma das causas desse problema é que cerca de metade do valor que o consumidor paga no posto é imposto. Mas não é só isso. Em 2008, a cotação do barril do petróleo ultrapassou os 140 dólares e agora, em 2010, diminuiu para 72 dólares. No mesmo período, porém, o preço médio do litro da gasolina subiu de R$ 2,55 para R$ 2,70; ou seja, enquanto o preço do petróleo reduziu para quase a metade, o da gasolina subiu 6%”, disse.
Halum classifica o aumento como abusivo e vai usar seu mandado como deputado federal para lutar contra essa pratica em todo o estado. Uma de suas medidas será exigir em uma audiência pública esclarecimentos aos órgãos responsáveis que gerenciam o controle do combustível no Brasil.
“Pretendo cobrar esclarecimentos em Brasília junto a Agência Nacional de Petróleo – ANP, refinador Petrobras e o ministério das Minas e Energia para tentar compreender o motivo do alto preço dos combustíveis no Brasil. Não é aceitável que o tocantinense pague em média R$ 3,15 em um litro de combustível. Farei o que for preciso para reduzir esse valor absurdo”, destacou o deputado federal.
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