Halum quer debate na Câmara sobre existência de cartel em postos de combustível

Deputado federal deverá encaminhar requerimentos para uma Audiência Pública para analisar as denúncias de formação de cartel nos postos de combustível da Capital

Deputado César Halum
Descrição: Deputado César Halum Crédito: Ascom

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica, Combustíveis e Telefonia, deputado federal César Halum (PSD-TO), membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, encaminhará na próxima semana um requerimento de uma Audiência Pública para falar a respeito das denúncias de formação de cartel na venda combustíveis.

De acordo com o deputado, o preço do litro da gasolina na capital tocantinense varia de R$ 3,09 a 3,12, sendo que a 60 km de Palmas, a mesma, pode ser comprada por R$ 2,70. “Esse setor no Brasil é bastante importante para a população e para o setor produtivo, com impacto significativo na inflação. Portanto, é inadmissível a existência dessas práticas", afirmou o parlamentar.

Recentemente, um estudo do Conselho regional de Economia do Tocantins, mostrou que Palmas ocupa o segundo lugar com relação ao preço mais caro do Brasil por litro de gasolina. O lucro bruto dos revendedores de combustível da Capital chega a  23%, cerca de R$ 0,59 por litro e é o maior dentre todas as capitais analisadas. 

"Hoje, os postos estão atuando de forma ilegal. O Governo do Estado tem o dever e a obrigação de defender os interesses da população e os palmenses não suportam mais tanta exploração”, asseverou Halum.

O deputado frisou que atuará com a ajuda da Frente Parlamentar que preside, para tentar dar uma explicação a população quanto aos valores dos combustíveis na capital tocantinense. "Já conseguimos resultados na diminuição dos custos da energia, estamos brigando para instalar a CPI da Telefonia, e agora vamos mexer com os combustíveis. São três bens de consumo extremamente importantes para a economia do Brasil e necessários para todos os brasileiros", disse. 

Para participarem da Audiência Pública, Halum solicitou que sejam chamados o presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), representante do ministério Público Federal do Estado do Tocantins, o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (SINDPOSTO-TO) e de órgãos de defesa do consumidor.

A legislação brasileira estipula punição de até 20% do faturamento das empresas que praticarem cartel nesses postos. Somente neste ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já aplicou cerca de R$ 120 milhões em multas em todo território nacional.

 

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