Ao comentar na sessão desta terça-feira, 18, as manifestações que estão acontecendo nas principais capitais brasileiras relacionadas ao aumento das passagens de ônibus, rejeição aos políticos e gatos com a copa e a que está marcada para acontecer na Praça dos Girassóis, em Palmas, na próxima quinta-feira, 20, às 17 horas, contra o monopólio do transporte público urbano, o vereador Iratã Abreu (PSD-TO) afirmou ser elas salutares e legítimas, mas que devem ser, sobretudo, pacíficas.
O vereador fez uma análise das mobilizações e, em sua opinião, elas são a demonstração clara de que a população está descontente não só com os serviços públicos, mas também com os políticos e com a corrupção. Para ele, é preciso que a classe política reflita sobre os assuntos que estão sendo trazidos à discussão nestas manifestações.
Iratã reforçou sua análise e citou as palavras do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que disse “os governantes e as lideranças do país precisam atuar entendendo o porquê desses acontecimentos nas ruas. Desqualificá-los como ação de baderneiros é grave erro. Dizer que são violentos nada resolve. Justificar a repressão é inútil: não encontra apoio no sentimento da sociedade. As razões se encontram na carestia, na má qualidade dos serviços públicos, na corrupção, no desencanto da juventude frente ao futuro.”
“Concordo com o ex-presidente e afirmo que não podemos ser omissos. Eu posso até ser taxado de oportunista, mas não poderia deixar de trazer a essa Casa de Leis a questão do monopólio do transporte coletivo da Capital”, disse Iratã ao recordar aos demais vereadores que ele já falou sobre o monopólio em outras ocasiões e que está mais do que na hora de a Câmara Municipal de Palmas discutir o assunto.
Para o vereador Iratã é necessário cobrar uma atuação mais efetiva do Conselho de Transporte e Mobilidade Urbana e Transporte, criado em 2009 e que tem a participação da sociedade civil, empresas e poder público. Na opinião do vereador, é preciso que seja proposto um Plano de Mobilidade Urbana e Transporte a fim de que os serviços sejam prestados com eficiência e tarifas condizentes com a realidade econômica da população.
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