Luana questiona relatório apresentado pela Sesau: “não reflete a realidade"

Para a parlamentar, o relatório foi bem elaborado, mas apresentou falhas quanto ao pagamento dos fornecedores, empenhos a serem realizados e situação real dos hospitais e ambulatórios

Deputada participa de audiência sobre a saúde
Descrição: Deputada participa de audiência sobre a saúde Crédito: Foto:Benhur de Souza

Durante reunião com o secretário de Saúde (Sesau), Marcos Musafir, e técnicos da pasta realizada na tarde desta terça-feira, 5, no auditório da Assembleia Legislativa, a deputada Luana Ribeiro (PDT) explicou que, para ela, o relatório, apresentado na reunião, não refletia a realidade. “O relatório mostra uma coisa, a imprensa e os profissionais de saúde mostram outra coisa. Hoje mesmo servidores denunciaram na imprensa a falta de insumos básicos para o trabalho”, disse Luana.

 

Para a parlamentar, o relatório foi bem elaborado, mas apresentou falhas quanto ao pagamento dos fornecedores, empenhos a serem realizados e situação real dos hospitais e ambulatórios.

 

O objetivo da reunião era debater o relatório de gestão do 3º quadrimestre de 2015 da Sesau, período anterior à nomeação de Musafir para o cargo, mas a discussão expandiu-se para outros assuntos como a suspensão pela Justiça do programa “Carretas da Saúde” e a dívida do Estado com prestadores de serviço.

 

A apresentação foi interrompida diversas vezes pelos deputados Luana Ribeiro e Olyntho Neto, que perguntaram sobre informações que não constavam no relatório. Quando técnicos apresentavam dados sobre recursos previstos, empenhados e liquidados em 2015, respectivamente, R$ 1,6 bi, R$ 1,4 bi e R$ R$ 1,3 bi, Olyntho interrompeu a apresentação e, reiteradas vezes, exigiu do secretário informações sobre a dívida. Posteriormente, o secretário reafirmou seu empenho e o de sua equipe na busca de soluções para a pasta.

 

“Carretas da Saúde”

 O defensor público Arthur Marques explicou os motivos da ação judicial contra o programa “Carretas da Saúde” e alegou irregularidades contábeis, em relação ao atendimento, como a ausência de consulta pós-cirúrgica aos atendidos, e o fato de o Estado ter recorrido não à rede particular local, de quem é devedor, mas sim a prestadores de outros estados. A promotora de Justiça Maria Rosely Pery disse que, entre outras razões, o “Carretas da Saúde” não é uma política pública de rotina conforme orientação da Constituição Federal.

 

A comissão

Os trabalhos da reunião foram conduzidos pela deputada Valderez Castelo Branco (PP).  Também compareceram os deputados Amélio Cayres (SD), Vilmar de Oliveira (SD) e Elenil da Penha (PMDB). A Comissão de Saúde acompanha a crise no atendimento hospitalar do Estado e busca ouvir as partes envolvidas de modo a contribuir como uma mediadora propositiva por uma solução para o sistema público.

 

(Com informações da Dicom/AL)

 

 

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