Mourão defende diálogo para o fim da greve dos professores da rede municipal

Deputado falou sobre a greve e defendeu diálogo entre grevistas e o prefeito e não enfrentamento

Deputado defende diálogo como caminho para o fim da greve
Descrição: Deputado defende diálogo como caminho para o fim da greve Crédito: Antônio Gonçalves

Com um discurso conciliador, o deputado Paulo Mourão (PT) teceu comentários sobre a greve dos professores da rede municipal de Palmas, iniciada dia 5 de setembro, durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira, dia 26. Paulo Mourão frisou em sua fala que o momento é de dirimir as diferenças e sanar os conflitos. “Temos que neutralizar os conflitos, o diálogo é o único caminho”, destacou o parlamentar, reforçando que conversou com o prefeito Carlos Amastha (PSB) e sentiu boa vontade da parte dele em abrir diálogo para se chegar ao fim da greve. “Ele está pronto para um diálogo de entendimento”, assegurou.

 

“Nós precisamos neste momento crítico, lamentável em que o Brasil, estados e municípios passam é que o diálogo se sobreponha a qualquer das diferenças, através do diálogo teremos a compreensão do que é possível a categoria de professores ser atendida nos seus legítimos pleitos, e acima de tudo nas suas conquistas, e precisamos entender o ordenamento fiscal e o desequilíbrio financeiro que os estados e municípios vivem para não sermos intolerantes, isso cabe para ambas as partes”, contrapôs. “Tanto ao prefeito Carlos Amastha, abrindo o diálogo, quanto aos professores, entendendo que o momento talvez não seja para enfrentamento através de um processo radicalizado desse”, pontuou. “Não se pode fazer cabo de guerra ou ação política, como temos observado”, frisou.

 

Paulo Mourão fez duas observações oportunas quanto à questão da greve, que está sub judice. O primeiro ponto, segundo o parlamentar é que o direito de greve é sagrado e constitucional. Por outro lado, a questão do abono de ponto é discutível, pois caso a greve seja considerada ilegal pela justiça, pode se configurar um ato de improbidade administrativa, podendo o prefeito Amastha responder futuramente se for questionado. Mourão observa que neste caso, deve-se consultar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ou ser feito um Projeto de Lei pela Câmara Municipal, a fim de possibilitar a legalidade de abono dos pontos. “A justiça vai julgar se a greve tem fundamento legal ou ilegal”, considerou. Mourão encerra o discurso ponderando pelo bom senso para que a greve seja encerrada. “O momento não cabe para não permissão de diálogo, muito menos qualquer posicionamento de radicalização de classe”, sintetizou.

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