Na Assembleia, Luana Ribeiro parabeniza MPF por investigação de contrato

Parlamentar reafirmou seu compromisso com a população quanto ao serviço oferecido, mas questionou a forma como a ação foi realizada pelo governo, sem a exigência de licitação

Deputada Luana Ribeiro
Descrição: Deputada Luana Ribeiro Crédito: Foto: Koró Rocha/AL

Na sessão vespertina desta quarta-feira, 17, a deputada estadual Luana Ribeiro usou a tribuna para parabenizar a atuação do Ministério Público Federal (MPF) que instaurou esta semana um inquérito civil público para investigar o programa “Saúde para Todos”.

 

“Fui a primeira a falar desse assunto aqui na Assembleia Legislativa e fico feliz que o MPF também esteja preocupado com a dispensa de licitação nesta ação do Governo. Parabenizo  o procurador da República, Fernando Oliveira Júnior, por dar prioridade a esse caso”, destacou a deputada.

 

Luana reafirmou não ser contra o atendimento à população. “Estou disposta a apoiar o Governo em qualquer ação que seja para beneficiar a população, como esta ação,  desde que faça de forma correta e não despreze os médicos do Tocantins, e não despreze a estrutura e o aparato que foram investidos pela iniciativa privada no Estado”, disse.

 

A ação

A ação do MPF já reúne  documentação sobre contratação, sem licitação, pelo governo do Estado da empresa paulista 20/20 Serviços Médicos, contratada para a realização do programa. O “Saúde para Todos realiza atendimentos oftalmológicos nas chamadas “carretas da visão”, equipadas para realizar cirurgias oftalmológicas em pessoas com mais de 55 anos. A investigação partiu de uma representação do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed) e do Conselho Regional de Medicina (CRM) ingressada em dezembro de 2015, no Ministério Público Estadual (MPE) e no MPF.O contrato tem valor anual de R$ 11.662.470,32 (R$ 971.872,53 por mês)

 

À imprensa,  a alegação do  governo para a inexigibilidade de licitação no contrato é de que a que a rede pública do Estado não tem estrutura suficiente para atender aos pacientes. Porém, segundo os 39 médicos oftalmologistas que assinam a representação do Simed e CRM, a estrutura é suficiente e não está sendo suprida adequadamente com insumos básicos. “Não seria mais fácil comprar os insumos necessários?”, questionou a deputada.

 

Tocantins tem capacidade

Segundo a parlamentar,  o Tocantins tem profissionais capazes de realizar esta ação a um custo menor e com mais eficiência, porque os profissionais conhecem as necessidades dos pacientes do Estado. “Se houver qualquer equívoco ou problema  com as cirurgias oftalmológicas eles têm condições de atender prontamente. Agora, com uma carreta que passa e opera, quem se responsabiliza depois pelos pacientes?”, perguntou.

 

 

 

 

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