Senador Ataídes aponta avanço do Zika como reflexo de negligência do governo

Ataídes defendeu debate sobre o Zika no Senado e criticou o governo apontando negligência no combate ao Aedes aegypti. Segundo o Senador, falta planejamento estratégico

Senador Ataídes de Oliveira critica Governo
Descrição: Senador Ataídes de Oliveira critica Governo Crédito: Divulgação

O senador Ataídes Oliveira levantou um debate sobre o zika vírus e o Aedes aegypti na retomada dos trabalhos da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle, no Senado, nesta terça-feira, 16.

“O Senado não pode se omitir do debate sobre o combate ao zika vírus e ao Aedes aegypti. A população exige com urgência respostas sobre essa epidemia devastadora, que vem se multiplicando de forma alarmante no país”, ponderou o senador. 

Vice-presidente da comissão, Ataídes apoiou o requerimento para a realização de uma sessão temática sobre a epidemia no Plenário do Senado. Além do ministro da Saúde, Marcelo Castro, o senador sugeriu que sejam convidados especialistas na área, como o diretor-geral do instituto Butantan, Jorge Kalil, e o virologista Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas. As duas instituições já começaram a pesquisar uma vacina contra o zika. Ataídes também quer ouvir o presidente da Anvisa, o sanitarista Jarbas Barbosa, que participou das negociações com o governo norte-americano para o desenvolvimento conjunto da vacina.

Negligência e falta de planejamento

Para o senador tocantinense, o avanço explosivo do zika no Brasil reflete a falência do sistema público de saúde nacional. “Por que, afinal, chegamos a essa situação de emergência? Há quanto tempo o governo vem negligenciando o combate ao Aedes aegypti e as campanhas de conscientização sobre as doenças que ele transmite?”, questionou. “Falta, antes de tudo, planejamento estratégico. Falta profissionalismo, falta gestão", acrescentou.

Ataídes também alertou para a necessidade de se aumentar os investimentos em ciência e pesquisa no país. Pelos dados da SBPC, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, o investimento no setor não passa de 1,2% do PIB. A média mundial é de 2,1%; Estados Unidos investem 2,7% do PIB em ciência e pesquisa; o Japão investe 3,3% e a Coreia do Sul, 4%.

 

(Com informações da Ascom/Ataídes)

 

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