Zé Roberto defende Dilma e diz que impeachment é golpe motivado por elite

Por meio de nota o deputado Zé Roberto (PT) saiu em defesa de Dilma Rousseff e disse que o processo do impeachment é golpe motivado por elite para tirar presidente legitimamente eleita

Zé Roberto afirma que impeachment é golpe
Descrição: Zé Roberto afirma que impeachment é golpe Crédito: Foto: Ascom

O deputado estadual José Roberto Forzani, Zé Roberto (PT) enviou nota pública à população tocantinense na manhã desta quarta-feira, 20, em que afirma que a abertura do processo para o impeachment da presidente Dilma Rousseff trata-se de um “golpe que, se concretizado no Senado Federal, será também um golpe sobre os trabalhadores e os menos favorecidos”.

 

De acordo com o parlamentar, o processo foi movido por parte da população, classificada por ele como “elite”, em que o deputado diz que ocorre atualmente uma “tentativa golpista da elite retrógrada de tirar uma presidente legitimamente eleita, atitude irresponsável que prejudica a economia e o desenvolvimento do País. Sob a alegação de que foram cometidas pedaladas fiscais por parte do Executivo”.

 

“A atitude golpista fere a soberania popular expressa nas urnas, que deu mais de 54 milhões de votos à presidenta Dilma, e visa a impor o programa conservador das elites com cortes nos projetos sociais, a privatização da Petrobras, o arrocho dos salários, a repressão aos movimentos sociais e a entrega das riquezas nacionais”, destacou ainda o parlamentar.

 

Confira na íntegra nota do deputado Zé Roberto:

 

Nota

A autorização da abertura do processo de impeachment aprovada na Câmara Federal contra Dilma Rousseff na verdade é um golpe que, se concretizado no Senado Federal, será também um golpe sobre os trabalhadores e os menos favorecidos.

 

Eles já vêm sofrendo com essa tentativa golpista da elite retrógrada de tirar uma presidente legitimamente eleita, atitude irresponsável que prejudica a economia e o desenvolvimento do País. Sob a alegação de que foram cometidas pedaladas fiscais por parte do Executivo - mas na verdade em subserviência ao mercado internacional - o objetivo da elite é voltar ao comando do País e promover um retrocesso quanto aos direitos adquiridos com muita luta pelos trabalhadores brasileiros.

 

Em nenhum momento da história da humanidade os ricos defenderam a classe trabalhadora e os menos favorecidos, se elas conquistaram direitos, foi à duras penas, travando batalhas que muitas vezes, custaram milhares de vidas. Não é agora que a elite historicamente conservadora se torna generosa e quer salvar direitos dos que lhe servem com a força de trabalho.

 

Diante dessa tentativa de tomar o poder de maneira ilegal, avisamos que mobilizaremos a sociedade e seus movimentos, recorreremos ao Judiciário, se preciso for, e a todos os meios lícitos para defender e manter o governo nas mãos de quem representa os trabalhadores, a presidenta Dilma e sua base de sustentação. 

 

As chamadas “pedaladas fiscais”, argumento usado para o impeachment, constituíram somente um atraso do governo com os depósitos bancários para instituições financeiras, como Caixa Econômica Federal, que com recursos próprios pagaram em 2014 programas sociais e previdenciários, como o Bolsa-Família, o FGTS e o seguro-desemprego.

 

No entanto, a União já repôs os devidos valores. Pedaladas foram usadas por outros presidentes; hoje são usadas por governadores e prefeitos, que nunca sofreram punição por isso. Por que só a presidenta tem de ser penalizada? Isso é pretexto para voltar com a política do passado que favorecia só a classe alta e penalizava o restante da população.

 

Se a economia está passando por dificuldades, isso se deve em grande parte à crise mundial e ao radicalismo da oposição e de poderosos que torcem pelo "quanto pior, melhor" a fim de criar um clima prejudicial ao País e produzir justificativas para o golpe.

 

A atitude golpista fere a soberania popular expressa nas urnas, que deu mais de 54 milhões de votos à presidenta Dilma, e visa a impor o programa conservador das elites com cortes nos projetos sociais, a privatização da Petrobras, o arrocho dos salários, a repressão aos movimentos sociais e a entrega das riquezas nacionais.

 

Finalizo repetindo o presidente nacional do PT, Rui Falcão: “A infâmia e o golpismo feriram a democracia, rasgando a Constituição com a decisão da Câmara Federal. Não permitiremos que a democracia, conquistada pela luta e a vida de tantos patriotas, seja destruída pelo ódio dos que sempre combateram o protagonismo e a emancipação do povo brasileiro”.

 

Defenderemos com muito afinco a Constituição, o Estado Democrático de Direito e as conquistas sociais. A luta continua!

 

Palmas, 20 de abril de 2016.

Zé Roberto Forzani

Deputado Estadual do Tocantins

 

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