“Eu, Cecília e uma cadelinha de nome Mirna – o amor não tem idade e nem religião”, é o título do livro que o jornalista, radialista e escritor Antônio Oliveira lança, em noite de autógrafo, no Teatro de Bolso do Memorial Coluna Prestes, na Praça dos Girassóis, em Palmas, dia 11 de dezembro a partir das 20 horas.
Romance com base na vida real, do qual o jornalista é um de seus dois principais personagens e que teve como cenários as cidades de Barreiras, no oeste da Bahia; Palmas, capital do Tocantins, e Goiânia, capital de Goiás, a obra tem seu foco na amizade de um homem maduro com uma adolescente, convivência que, com o tempo, se transformou em sentimentos de profundo amor, porém bombardeados pelos preconceitos em relação às diferenças de idade e de religião, conforme evidencia o “olho” da capa do livro: “Até que ponto os preconceitos podem contribuir para a felicidade ou a infelicidade de uma relação?”
Com 350 páginas, essa trama é entremeada com lances da carreira acadêmica e profissional; dúvidas; insegurança e questionamentos da outra personagem principal, que no livro aparece sob o pseudônimo de “Cecília”, sobre a realidade em que se encontrava; sua luta por um “lugar ao sol”; sua coragem e determinação – um exemplo de adolescência e juventude equilibradas e centradas num passado, presente e futuro de dignidade -; superação, etc.
Da parte do autor, o enredo mistura sua história de luta pelo amor de “Cecília” com o pior momento que ele teve em toda a sua vida, diz Antônio Oliveira. “Num momento em que eu poderia cair em depressão profunda, em consequência de problemas sentimentais, profissionais, empresariais e financeiros, eu sentei e produzi esse e mais dois outros livros, em apenas pouco menos de dez meses, além de ter segurado a minha empresa e a chama de seus produtos editoriais”, diz o escritor. Encontros e desencontros nestes campos que também são narrados em “Eu, Cecília e uma cadelinha de nome Mirna – o amor não tem idade e nem religião”. “Essa história (sim, não é uma história, pois se trata de um relato autobiográfico, se bem que alguns nomes tenham sido trocados para evitar a exposição de algumas pessoas) é uma narrativa de muita coragem e ousadia.
Não pense o leitor que a palavra ousadia, aqui usada, tenha qualquer relação com falta de vergonha. Muito pelo contrário, esta história fala de amor, amizade, encontros e desencontros, todas estas tramas abordados com o maior carinho e respeito, mas também expressando sentimentos de muita frustração e sofrimento”, atesta uma das prefaciadores do livro, a educadora baiana, Tsylla Balbino.
Sexualidade
Outros temas discorridos nesse livro e que suscitam ao debate e a reflexão, são em relação à sexualidade, o companheirismo, o autocontrole sexual, o respeito que o homem deve ter com as opções e os conceitos de fórum íntimo da parceira; o respeito entre religiões; a saudável relação entre seres humanos e animais de estimação e espiritualidade. “Neste último tópico, está em evidência o reencontro de almas gêmeas, afins ou compromissadas no Plano Superior da vida ou em outras vidas. Aliás, quando concluí esse livro, eu ganhei um exemplar de ‘Só o amor é real – uma história de almas gêmeas que voltam a se unir’, do médico psiquiatra Brian Weiss, que trabalha com Terapia de Vidas Passadas (TVP). Nesse livro, ele narra várias histórias de homens e mulheres que se trataram com ele e acabaram descobrindo que, na condição de almas gêmeas, estavam se reencontrando naquele tratamento, unindo-se pelos laços matrimoniais após essa conclusão. Depois da leitura dessa obra de cunho científico, pude perceber que ela tem muito a ver com o meu livro. Inclusive faço, neste, algumas citações de Brian Weiss e sua obra”, aponta Antônio Oliveira.
Antes de ir para a impressão e publicação o autor de “Eu, Cecília e uma cadelinha de nome Mirna – o amor não tem idade e nem religião” o submeteu a leitura crítica de ao menos dez pessoas de diferentes faixas etárias e níveis sócios econômicos e culturais. “Queria ter a certeza de que, sendo uma obra autobiográfica, não estaria eu sendo muito pretensioso e jogando no mercado uma obra insignificante, que não levasse a nada. Os comentários sobre o livro me surpreenderam e duas a três pessoas o leram em pouco mais que quatro horas. Mesma repercussão o livro está tendo depois de publicado por quem já o leu antes desse lançamento oficial”, frisa o escritor.
O romance, editado e publicado pela própria editora do autor - Cerrado Editora -, que edita e publica as revistas Cerrado Rural Agronegócios e Agrofamiliar, tem duas apresentações. Uma, feita pelo jornalista, radialista e apresentador de TV goiano, Cassim Zaidem, apresenta o autor. Eis seu resumo:
“...Os óculos tradicionais sobre um rosto sério de preocupações escondem um olhar conquistador. Antônio Oliveira é um apaixonado pela vida e pelas mulheres. Não por qualquer uma, mas por poucas que seu coração seletivo elege como alvo da conquista. Identificada a eleita, ele não economiza no trabalho de se mostrar interessado e se desdobra em cuidados. Nessa seara onde amores ‘eternos’ duram algumas semanas, ele já mergulhou em alguns buracos. Saiu machucado e revigorado, mais sábio, mas não menos romântico.
Hoje, ele sorri feliz pelos netos que estão chegando e, tão feliz quanto, viveu um amor que superou a barreira do tempo. A juventude dela foi o combustível do entusiasmo dele; a maturidade dele foi a âncora da tranquilidade dela. Mas uma vez, Antônio Oliveira se soltou na vida amorosa, nunca irresponsável, porque acredita, como Vinicius de Moraes, que ‘não há amor sozinho, é juntinho que ele fica bom’...”
A outra, feita pela educadora baiana, Tsylla Balbino, neta do ex-governador baiano e ministro da Educação do governo Getúlio Vargas, Antônio Balbino de Carvalho, apresenta a obra, conforme está resumida, abaixo:
“...Antônio é um daqueles amantes a moda antiga. Como diz Roberto Carlos: ‘do tipo que ainda manda flores!’. E como todo romântico que se preze, ele cai nas armadilhas do AMOR; ele se entrega de corpo e alma a um relacionamento que nem sabe se jamais vingará; ele mergulha de cabeça e vai fundo viver uma história de muitas diferenças, muitos preconceitos e que está fadada a não ter um fim daqueles que se encerram com um ponto final e foram felizes para sempre.
Esta é uma bela e triste história de amor em que o tempo, ah o tempo... este herói e vilão das histórias de amor tem um papel coadjuvante, mas que interfere com maestria de estrela de primeira grandeza no rumo que tomam os papéis dos nossos personagens principais, Antônio e Cecília...”
OUSADIA
O autor ousa ainda em enfrentar o mercado editorial não só das regiões onde atual profissional e empresarialmente com suas revistas, mas, também, o nacional. “Não é fácil um autor dos grotões brasileiros, por mais que ele tenha talento e conteúdo, emplacar uma obra nas grandes editoras nacionais. É uma loteria e essas editoras ou agentes literários levam até quase um ano para analisar e dar um parecer sobre a viabilidade ou não da edição e publicação de sua obra. E quando dão um sim ou um não”, informa Antônio Oliveira. “E quando isso acontece, o lucro que fica com o autor não ultrapassa os 10%, por isso optei por publicar meu livro pela minha própria editora, aproveitando sua estrutura, experiência e objetivos registrados em seu CNPJ”, completa Antônio Oliveira.
Outra dificuldade que o autor e as editoras regionais encontram é com a distribuição de sua obra no mercado livreiro. Geralmente as distribuidoras têm olhos apenas para autores e editoras já bem conhecidas do mercado. Mais uma vez, o jornalista tocantinense ousou: sua editora fez um plano estratégico de distribuição própria de seu livro não só no mercado de suas regiões de atuação, mas em outros estados da Federação por meio de lojas virtuais e físicas. ‘Eu acredito na minha obra e conheço obras de qualidade de conteúdo igual ou inferior a minha vendendo aos milhares. Por que não posso ter a minha nesse mercado nacional?”, questiona.
Na oportunidade o autor vai fazer um pequena palestra sobre “Mercado editorial e autoral nacional e os editores e escritores regionais – também há vidas inteligentes e bons escritores e editores nos grotões do Brasil”.
SOBRE O AUTOR
Antônio Oliveira é jornalista, radialista e escritor. Multimídia, prestou serviços em diversos veículos de comunicação de Goiás, oeste da Bahia e Tocantins, onde reside desde o início da criação deste Estado. Fundou, em 1983, e dirigiu em Barreiras, naquela região baiana, o jornal Folha de Barreiras, que encerrou suas atividades em 1989. Foi um dos pioneiros na radiodifusão desta região, ao integrar a equipe que montou, inaugurou e comandou a pioneira Rádio Barreiras.
Em Palmas, no Tocantins, além de ter trabalhado e colaborado com vários veículos impressos, foi produtor e apresentador de um programa comunitário e político da TV Palmas - Tribuna do Povo -, uma emissora do Governo do Tocantins. Em 1993, criou, dirige e edita a revista Cerrado Rural Agronegócio que tem seu foco voltado para os cerrados do Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí. Em 2011, criou a revista Agrofamiliar, voltada para a agricultura familiar nessas regiões de cerrado.
Lança seu primeiro livro - "Eu, Cecília e uma cadelinha de nome Mirna - o amor não tem idade e nem religião", um romance com base na vida real protagonizado por ele. Com esse livro, ele estreia na carreira literária com mais dois livros prontos para o prelo. Trata-se de duas coletâneas de crônicas, um – “Histórias que eu vivi e ouvi. Depois dos filhos, os netos. E a vida recomeça” - com experiências de vida como profissional, cidadão, pai de família, pai e avô, além de sua autobiografia. O outro, ainda sem título, é uma coletânea de crônicas e artigos com foco em fatores políticos, culturais e folclóricos de Goiás, Tocantins e oeste da Bahia, regiões de sua atuação profissional.
Atualmente, escreve outro, para, por uma questão de oportunidade contextual, ser lançado em abril do ano que vem. É uma obra no estilo reportagem, perfil literário que ele pretende seguir carreira literária. “A Conquista do oeste baiano”, é o título provisório desse livro que tem como foco a exploração do Cerrado baiano para a agropecuária e o agronegócio. Uma epopéia que o autor conhece bem e é um dos seus protagonistas até os dias de hoje na condição de “repórter do Cerrado”.
É voluntário do Terceiro Setor.
É pai da Ises, Cáritas, Tatiane, João Antônio e do André Vinicius; avó do Pedro Henrique, da Ana Luíza, Lucas e dos gêmeos Caio e Inácio
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