A Ditadura Civil-Militar e seus desdobramentos continua em debate no Tocantins por meio da Mostra Cinema pela Verdade. Depois de Palmas, agora é a vez da comunidade de Porto Nacional assistir aos filmes e debater o tema durante a Semana da Cultura, que tem início nesta segunda-feira, 8, no município.
Entre esta terça-feira, 9, e sexta-feira, 12, os quatro filmes que compõe a Mostra 2013 serão exibidos no auditório da Universidade Federal do Tocantins (UFT-Centro), sempre às 15h30.
“Infância clandestina”, de Benjamín Ávila, abre as atividades da mostra em Porto, nesta terça. Na sequência, quarta-feira, 10, será a vez de “Eu me Lembro”, de Luiz Fernando Lobo; seguido de “No”, de Pablo Larraín, na quinta, 11; e “Marighella”, de Isa Grinspum Ferraz, encerrando as exibições na sexta-feira.
A Mostra Cinema pela Verdade está em sua segunda edição e foi criada com o objetivo de promover exibições de filmes seguidas de debates sobre o período da Ditadura Civil-Militar e seus desdobramentos, bem como a relação com as ditaduras contemporâneas do Cone Sul.
O evento é realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Ministério da Justiça, a Mostra Cinema pela Verdade foi contemplada pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão de Anistia, que visa à promoção de eventos e projetos com foco neste período marcante da história brasileira.
Ela acontece em universidades dos 27 estados da federação entre os meses de maio e agosto. O Tocantins, o agente mobilizador é o estudante de História da UFT, Felipe Carvalho.
Sobre os filmes
Infância Clandestina, de Benjamín Ávila: representante argentino ao Oscar 2013, categoria melhor filme estrangeiro. Argentina, 1979. Juan, assim como seus pais e seu tio leva uma vida clandestina. Fora do berço familiar ele precisa manter as aparências pelo bem da família, que luta contra a ditadura militar que governa o país.
Eu me lembro, de Luiz Fernando Lobo: exibido no Festival Internacional do Rio de Janeiro. O documentário acompanhou cinco anos das caravanas da Anistia e reconstrói a luta dos perseguidos por reparação, memória, verdade e justiça por meio de imagens de arquivo e de entrevistas.
NO, de Pablo Larraín, concorreu ao Oscar 2013 na categoria melhor filme estrangeiro. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no poder. Os líderes do governo contratam René Saavedra para coordenar a campanha contra a manutenção de Pinochet.
Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, ganhador do Prêmio de melhor longa-metragem da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul em 2012. Carlos Marighella foi o maior inimigo da ditadura militar no Brasil. Este líder comunista e parlamentar foi preso e torturado, e tornou-se famoso por ter redigido o Manual do Guerrilheiro Urbano.
Programação:
09/07- Infância Clandestina
10/07 - Eu me Lembro
11/07 - NO
12/07 – Marighella
Horário: 15h30
Local: Auditório da UFT-Centro, em Porto Nacional
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