Composto por contos que mesclam a realidade a um mundo mágico e surpreendente, o livro Histórias de Fim do Mundo será lançado na próxima segunda-feira, dia 6, às 19h, no foyer do Teatro Sesc Palmas. De autoria do escritor Gabriel Adamante, a obra é uma publicação da editora Autografia e tem ilustrações de Lucas Rodrigues.
Histórias de Fim do Mundo é o livro de estreia de Gabriel Adamante no mundo literário. O curitibano, que morou em Palmas cerca de 10 anos, é escritor, estudante de Ciências Econômicas e professor de inglês.
Atraentes, misteriosos e imprevisíveis os 17 contos foram escritos em diversos períodos da vida do autor. “Transformando o banal e rotineiro em surreal e emocionante”, como a própria descrição da obra diz, o livro foi escrito com base no Realismo Mágico. O gênero, que funde o universo fantástico à realidade, é uma característica de outros autores famosos da literatura latina, como Gabriel García Marquez. “Sempre li muito, desde pequeno, e este foi o gênero com o qual mais me identifiquei. Escritores deste estilo, como Gabriel Garcia Márquez, Julio Cortázar e Jorge Luís Borges são meus favoritos”, conta o jovem escritor, que cita ainda Fiódor Dostoiévski e Milan Kundera como influências no âmbito literário.
Confira, abaixo, uma entrevista com Gabriel Adamante:
Sesc Tocantins: Como é a estrutura do livro? É dividido em temas ou capítulos?
Gabriel Adamante: O livro tem 17 contos, divididos em duas "categorias": Contos e Histórias de Fim do Mundo. Os primeiros são contos que terminam de alguma maneira imprevisível, já as Histórias de Fim do Mundo acabam sempre, mas, com uma surpresa. Além disso, o livro tem uma terceira parte, que é chamada de Coletânea de Imaginações impróprias. São pensamentos pequenos, ou microcontos (que não chegam a dar uma página) - alguns polêmicos.
ST: Quanto tempo levou para você escrevê-lo? E porque decidiu escrever?
GA: É difícil de quantificar. Um dos contos do livro escrevi no nono ano do ensino fundamental - ainda é o mesmo, apenas o reformulei. Basicamente, sempre escrevi contos por puro gosto. Em meados do ano passado, me vi com textos suficientes para fazer a coletânea. No começo nem pensava em publicar, mas a ideia foi crescendo na minha cabeça com o incentivo de alguns amigos. Sobre a decisão de escrever: quando você lê muito, sempre tem vontade de fazer como aqueles autores que ama. Acho que começou por aí, e logo peguei gosto pela coisa.
ST: Você já tinha publicado algum conto em outro lugar antes (blog, site, revista...)?
GA: Nunca. O máximo de exposição que meus contos tiveram, antes de serem enviados para aprovação da editora, foi a leitura de amigos próximos.
ST: De onde vêm essas histórias? São baseadas em coisas que você viveu, ouviu ou leu?
GA: A grande maioria é puro devaneio. Busco, sempre que convêm e é possível, fazer uma conexão com o mundo em que vivemos hoje, mas, de fato não são meu maior foco. Creio que os maiores inspiradores que tive foram os escritores argentinos, como Jorge Luís Borges e Julio Cortázar. Várias vezes, quando estava lendo seus contos, me surgiu alguma ideia genial e eu corria para a anotar, o que mais tarde viraria um conto. Mas, de fato, os contos são mais variados. Tem um sobre uma parlenda que minha vó contava pra mim quando criança, tem outro que, de tanto ouvir o nome "Praia do Caju", em Palmas, resolvi imaginar como seria uma praia do caju em um mundo mágico. Por aí vai.
ST: Já sonha com uma segunda edição?
GA: "Sobraram" alguns contos incompletos que talvez poderiam se transformar em livro futuramente. Comecei a tentar escrever um romance agora, mas sem previsão de término.
O livro Histórias de Fim do Mundo estará à venda durante o lançamento, no dia 6 de abril, no foyer do Teatro Sesc Palmas. A noite de autógrafos, que começa às 19h, terá também uma roda de música ao vivo com convidados do autor. A entrada é gratuita.
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